Charlione Lessa, esperança e emprego interrompidos pelo ódio

Morto durante carreata de apoio a Fernando Haddad aos gritos de “treze aqui não”, jovem de 23 anos começaria a trabalhar como entregador de água

Reprodução

Charlione Lessa Albuquerque

O emprego estava garantido. Charlione Lessa Albuquerque, de 23 anos, começaria a trabalhar como entregador de água na Cidade dos Funcionários, bairro de Fortaleza. Tinha acabado de conseguir a carteira de motorista. Ele também já tinha até combinado com um amigo de ir ver o jogo do Ceará, seu time, contra o Atlético Mineiro no Castelão.  Mas não pôde trabalhar, dirigir ou ver a partida.

Charlione morreu pelo ódio. Charlione morreu vítima de disparos durante uma carreata de apoio a Fernando Haddad. Ele e a mãe, Regina Lessa de 46 anos, organizaram o ato pela candidatura do petista, que reuniu 150 veículos e parava a rua principal da cidade de Pacajus, na região metropolitana de Fortaleza, segundo informações da Revista Piauí.

Antes do comboio, Charlione e a mãe amanheceram na feira livre da cidade para distribuir material da campanha de Haddad até o meio dia. “Meu filho já estava acostumado. Fizemos umas três atividades no primeiro turno”, ressaltou Regina.

Durante o buzinaço pela democracia,  a 100 metros da Delegacia de Polícia de Pacajus, um homem se aproximou da janela do carro dirigido por Charlione. Três disparos foram feitos, dois no braço esquerdo do jovem e um no tronco.

Segundo Regina, primeiro o homem disparou duas vezes e depois deu uma advertência: “Eu lembro bem. Ele disse ‘treze, não. Aqui é nós. Treze, não, porra.’ E aí atirou mais uma vez. Foi uma coisa muito bárbara o que fizeram com meu filho”

Charlione não pôde começar no seu novo emprego. Charlione não pôde ver a vitória do Vozão de 2 a 1 sobre o Galo…

Confira a íntegra da matéria da Revista Piauí.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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