Conselho de Segurança na ONU rejeita interferência na Venezuela

Rússia e China, membros permanentes com direito a veto no conselho, rechaçaram interferência externa nos assuntos do país, proposto pelos EUA, e defendem diálogo

Loey Felipe/ONU

Conselho de Segurança da ONU

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) reafirmou a soberania da Venezuela em deliberação neste sábado (26). A reunião extraordinária do mais alto tribunal do conselho foi convocada a pedido do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, que buscava um “consenso internacional para legitimar o golpe em curso no país e para reconhecer e impor um governo fantoche”, segundo a rede Telesur.

Do total de 35 países, 19 declararam que os problemas na Venezuela são uma questão interna e, portanto, não devem ser alvo da interferência externa. Rússia e China, membros permanentes que possuem direito a veto no Conselho de Segurança,  rejeitaram a proposta dos EUA de intervenção no país sul-americano. Além das duas potências, países da África, América do Sul e Caribe rechaçaram o endosso ao golpe estadunidense.

As nações apoiaram a proposta de estabelecer um diálogo entre os venezuelanos, sem a interferência externa. O embaixador russo no Conselho, Vasili Nebenzia, disse que “a verdadeira ameaça à paz são os Estados Unidos e seu desejo de participar do golpe”. O representante da Bolívia, Sacha Llorenti, foi ainda mais duro com os planos estadunidense e questionou: “que país está melhor após uma intervenção dos EUA?”

Quem também endossou a soberania da Venezuela foi o representante da China no conselho, que negou qualquer ingerência externa nos assuntos do país. “Apoiamos os esforços do governo para defender a soberania e estabilidade do país e nos opomos à interferência nos assuntos venezuelano. A situação na Venezuela é interna e não é uma ameaça à paz internacional”, disse Ma Zhaoxu, segundo a Telesur.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Telesur

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