Denúncia contra Serra escancara razões do golpe, afirma Pimenta

Além do deputado federal, outros parlamentares também comentaram a denúncia de caixa dois na campanha do tucano em 2010

(foto: Lula Marques/Agência PT)

A mais recente denúncia envolvendo o ministro golpista José Serra (PSDB) não deixa dúvidas das verdadeiras razões do golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, afirma o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).

Neste domingo (7), a imprensa noticiou que Serra teria recebido R$ 23 milhões da Odebrecht como caixa dois em sua campanha à Presidência da República em 2010.

A declaração foi dada a investigadores da Operação Lava Jato e membros da Procuradoria-Geral da República (PGR) na semana passada, na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR), por funcionários da empresa que tentam um acordo de delação premiada.

“As revelações que vieram a público no domingo, que envolvem José Serra não deixam pedra sobre pedra. O tucano, artífice do golpe junto com Cunha e Temer, foi abatido com uma denuncia gravíssima de ter recebido 23 milhões de reais ilegalmente, em contas no Brasil e no exterior”, escreveu em sua página no Facebook.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), lembrou que está é mais uma grave denúncia contra um ministro do governo golpista de Michel Temer.

Já o deputado Elvino Bohn Gass (PT-RS) pede explicações aos golpistas Serra e Temer.

Para outro petista, o deputado federal Jorge Solla (PT-BA), a delação dos executivos da empreiteira “é motivo suficiente, no mínimo, para demissão do cargo que ocupa no governo golpista e cassação do Senado”

A discrepância entre os valores declarados por Serra na campanha de 2010 e o montante informado pela Odebrecht na delação premiada também foi destacada pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP).

“José Serra declarou ter recebido R$2,4 milhões de reais da Odebrecht na sua campanha à presidente 2010, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral. O valor, no entanto, teria sido quase 10 vezes maior, chegando a R$ 23 milhões, pagos via caixa dois, segundo executivos da empresa”.

Para o deputado, o caso deve ser investigado. “Se comprovado, precisa ser punido. Nenhum caixa dois, nem nenhum tipo de corrupção, deve ser tolerada. Seja contra candidato a presidente ou ministro”, enfatizou.

Jandira Feghali, deputada pelo PCdoB do Rio de Janeiro, também cobra rigorosas e imparciais investigações sobre a denúncia.

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias

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