Descaso: MS deixa 344 mil doses de vacinas contra Covid perderem validade

Além das vacinas, medicamentos também venceram o prazo de validade. Um prejuízo de R$ 243 milhões para os brasileiros e brasileiras

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Descaso: Ministério da Saúde deixa 344 mil doses de vacinas contra a Covid perder validade

Não bastasse o corte no orçamento de mais de R$ 1 bilhão na saúde do povo brasileiro, o governo de Bolsonaro deixou vencer 344 mil doses de vacinas contra a Covid-19. O prejuízo de R$ 46,6 milhões se soma à perda também de medicamentos, com rombo total de R$ 243 milhões aos cofres públicos.

O comportamento desumano de Bolsonaro não é novidade para a população. Réu confesso de diversos crimes durante a pandemia, revelados pela CPI da Covid, demonstra dia após dia que o Ministério da Saúde segue o seu exemplo: de descaso com o povo.

VEJA A SÉRIE “RÉU CONFESSO” COM OS CRIMES DE BOLSONARO

De acordo com a reportagem do Jornal Nacional, além das 344 mil doses de vacinas contra a Covid perdidas, 45 mil kits de detecção da dengue também perderam o prazo de validade. Ao todo, são quase 22 milhões de itens vencidos em centros de distribuição que ficam em São Paulo e no Rio de Janeiro, fora os que foram encontrados danificados.

A coordenadora do Setorial Nacional de Saúde do PT, Eliane Cruz, reforça a irresponsabilidade de Bolsonaro e do Ministério da Saúde, que não primam pela vida do povo brasileiro.

“A política nacional de assistência farmacêutica, aprovada em 2004 no governo Lula, previa exatamente garantir à população o acesso aos medicamentos. O que acontece agora com os medicamentos vencidos e a falta de remédios em farmácias populares é mais uma marca da irresponsabilidade do governo Bolsonaro e de um Ministério da Saúde que não trabalha pela qualidade de vida da população”.

Ouça Eliane Cruz, abaixo:

 

Escassez de remédios nas farmácias

O relaxamento do governo bolsonarista é tamanho que, além de perder milhões de reais em medicamentos vencidos, há escassez de remédios nas farmácias populares em quase todo o país.

De acordo com o levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), há falta de antibióticos como amoxicilina e azitromicina. Ambos foram encontrados com mais de 740 dias vencidos. A escassez dessas medicações atinge pelo menos 800 cidades, segundo a CNM.

Vacinas vencidas

Entre as vacinas vencidas, foram encontradas 3,75 milhões de doses da pentavalente – que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e ainda contra haemophilus, influenza tipo B – ; outras 2,75 milhões de unidades de spray usado no tratamento de diabetes; além de 88 mil ampolas de insulina; 4,16 milhões de unidades de bactericidas e de medicamentos para o tratamento da Aids.

Os dados foram obtidos pela Lei de Acesso à Informação (LAI) após o Tribunal de Contas da União (TCU) ter determinado a suspensão do sigilo sobre essas informações a pedido de parlamentares.

Estratégia no governo PT

Diferentemente do governo de Bolsonaro, o programa Farmácia Popular no governo do PT não teve desperdício. Pelo contrário, com uma estratégia simples quanto eficaz, ajudou mais de 30 milhões de brasileiros com medicamentos gratuitos.

Como mais de 60% das mortes com causas conhecidas no país tinham relação com o diabetes e a pressão alta, o governo federal passou a financiar os medicamentos para tratar essas doenças. E as pessoas passaram a ter o direito de adquiri-los nas farmácias de graça. Em 2012, três medicamentos para asma, doença que mais provocava internação de crianças, foram incluídos.

Em 2016, o total de beneficiados passava de 30 milhões. E o país ainda havia economizado, porque a distribuição de remédios reduziu o número de internações, que custava muito mais ao SUS. Em 2017, Temer extinguiu o programa.

Legado do PT

Nos governos do Partido dos Trabalhadores (PT), os investimentos em ações e serviços públicos de saúde cresceram 86% acima da inflação, passando dos R$ 64,8 bilhões investidos em 2003, no primeiro ano do governo Lula, para R$ 120,4 bilhões no último ano do governo Dilma.

Após o golpe, o que se viu foi a aprovação de um teto de gastos desumano, que faz o orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS) diminuir ano a ano, até mesmo durante a pandemia.

Da Redação, com informações do Jornal Nacional

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