“Está se cometendo uma injustiça histórica”, afirma Cardozo

Em defesa da presidenta, o Advogado-Geral da União lembrou que não existe crime por parte da presidenta e que história está sendo manchada

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Para o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, está se cometendo uma injustiça histórica com o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT). Em fala na sessão do Senado, Cardozo falou que o golpe manchará a história do Brasil.

“Está nesse momento condenando uma mulher honesta e inocente. Se está cometendo uma injustiça histórica. A história escreverá o que aconteceu”, afirmou ele.

Cardozo reafirmou que as duas acusações que pesam contra a presidenta foram aprovados pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que só depois mudou seu entendimento. “Muda-se a lei e pune-se o passado antes da mudança da lei. Só há uma explicação: se quer moldar teses e fantasias retórica para afastar uma presidenta democraticamente eleita”, disse ele.

Cardozo lembrou que não há dolo da presidenta República. E que Fernando Henrique Cardoso baixou 101 decretos de crédito suplementar, pelos quais a presidenta sofre o processo de impeachment. Se aprovado o impeachment sem base legal, afirmou o Advogado-Geral da União, o Brasil terá se transformado na maior República das Bananas.

“A simples leitura do relatório do senador Anastasia mostra que os fatos foram encaixados para se justificar uma vontade política de afastamento da presidente da República”, disse.

No caso das pedaladas, ele lembrou que as pedaladas consistem em atraso de pagamento, e não em contração de crédito, e que esse sempre foi o entendimento do TCU.
“Não há crime de responsabilidade praticado pela Senhora Presidente da República. O impeachment não se justifica. Se consumado, haverá um rompimento institucional. Se consumado, haverá, com a devida vênia, um golpe que manchará a nossa história”, afirmou.

Desvio de poder

Cardozo também reiterou que esse processo só teve início por uma chantagem do presidente da Câmara afastado, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha só abriu o processo contra a presidenta porque não obteve do PT os votos para se safar no Conselho de Ética da Câmara, onde corria processo pedindo sua cassação.

“Nós sabemos disso. O Brasil sabe disso. o Mundo sabe disso. E ninguém responde à isso. A resposta seria a nulidade desse processo”, disse ele.

Veja abaixo na íntegra:

Da Redação da Agência PT de Notícias

 

 

 

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