EUA voltam a usar guerra híbrida para desestabilizar governo de Cuba

Autoridades cubanas denunciam ação de agentes americanos por trás de “manifestação” contra o governo, convocada para 15 de novembro para atacar presidente Díaz-Canel e justificar bloqueio econômico

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Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP) emitiu uma dura nota de repúdio ao golpismo americano

Em sua interminável missão para destruir a soberania de Cuba, o governo dos EUA voltou a aplicar táticas de guerra híbrida para desestabilizar a administração do presidente Miguel DíazCanel e intensificar o bloqueio econômico a Cuba. Autoridades de Havana estão denunciando que agentes americanos estão por trás da convocação da manifestação Arquipélago, programada para o próximo dia 15 de novembro em todo o país. Durante o 7º período ordinário de sessões da 9ª Legislatura, ocorrido no dia 27 de outubro, a Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP) emitiu uma dura nota de repúdio ao golpismo americano.

De acordo com o portal Granma, órgão oficial do Comitê Central do Partido Comunista, “o texto rejeita a intenção de estrangular a economia nacional; subversão; a criação e promoção de campanhas político-comunicacionais nas redes sociais, com o objetivo de provocar desestabilizações, parecer ingovernáveis, promover o caos e impor uma mudança no sistema”.

O documento condena o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA, qualificando-o de “genocídio, transgressão do Direito Internacional e violação flagrante e sistemática dos direitos humanos do povo cubano”. A Assembleia rechaça ainda as 243 medidas contra Cuba adotadas por Trump e mantidas por Joe Biden, “entre as quais a inclusão de Cuba na lista dos países que, supostamente, patrocinam o terrorismo”.

Provocação

Segundo o integrante da Secretaria do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, Rogelio Polanco Fuentes, os protestos não passam de uma provocação do governo de Joe Biden. “Fica claro que as projeções públicas dos promotores e seus vínculos com entidades ou organismos subversivos financiados pelo governo dos EUA têm a intenção clara de promover uma mudança no sistema político cubano”, apontou Fuentes, em declaração ao órgão oficial do comitê central do partido.

“Motivo pelo qual essa marcha anunciada não passa de uma provocação, uma estratégia já testada pelos EUA em outros países”, disse Fuentes, referindo-se às táticas sujas de guerra híbrida usadas pelos americanos para derrubar governos populares pelo mundo, caso do Brasil.

Fuentes informou que as manifestações são ilegais, de acordo com os artigos 56º, 45º e 4º da Constituição. “É evidente que estamos diante de um novo capítulo da guerra não convencional, o golpe brando ou o manual de luta não violenta que os Estados Unidos realizaram na nos dias de hoje em vários países, como Iugoslávia, Nicarágua e a Venezuela”, alertou.

Financiamento de golpes

Fuentes chamou a atenção ainda para o envolvimento da National Endowment for Democracy (NED) e da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), que financiam diretamente os grupos  golpistas que agem no país. “São inúmeras as referências de que a NED financiou eventos, cursos e até organizações, entre as quais se destaca o Centro de Abertura Democrática na América Latina (Cadal), que faz parte da ampla rede de organizações não governamentais (ONGs) disponíveis nos EUA para canalizar financiamento e treinamento para seus operadores políticos”, advertiu o governo cubano.

“O governo dos EUA é o verdadeiro organizador da provocação montada para novembro”, concluiu Fuentes. “Altos funcionários do governo estão diretamente envolvidos. Os EUA ameaçaram com novas medidas contra Cuba se seus operadores locais não pudessem agir impunemente. Cuba não aceita ameaças, nem se intimida, nossa história de resistência e dignidade o confirma. Guardem suas ameaças, o medo não tem cabimento aqui”, avisou o cubano.

Aumento do Bloqueio

O presidente Miguel Díaz-Canel acusou os EUA de intensificarem o bloqueio econômico a Cuba para tentar derrubar o governo. “A estratégia imperialista é criar o máximo de descontentamento em nosso país”, advertiu o presidente Miguel Díaz-Canel, em discurso de encerramento da 2ª Reunião Plenária do Comitê Central do Partido Comunista, na  semana passada.

Para o presidente,  os americanos trabalham para “incentivar a instabilidade por meio da piora das condições de vida da população, dificultando cada vez mais a nossa sobrevivência, levando à eclosão de um conflito violento. Eles pretendem nos encher de ódio e tirar nossa felicidade”.

“A embaixada americana busca informações para difamar Cuba em temas como direitos humanos, democracia e contradições sociais em nosso país”, declarou presidente. “Eles tencionam identificar e promover líderes, especialmente jovens, para treiná-los no exterior, a fim de usá-los para promover suas ideias antissocialistas, pró-capitalistas e neoliberais”, denunciou Díaz-Canel.

Da Redação, com informações de Granma

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