Fábrica de fake news ressuscita velhas mentiras nas eleições

Mentiras graves, que associam PT e esquerda a narcotráfico, pedofilia e perseguição religiosa ganham força com eleições. Em São Paulo e no Rio, Haddad e Benedita são vítimas de fake news

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Ataques desonestos para enganar os eleitores, afirmações sem nenhum dado ou documento que as comprovem, mentiras sem pé nem cabeça, malucas teorias da conspiração, tentativas de reescrever a história sem base em fatos. Esse filme não pode se repetir. A mentira não pode sair vencedora das eleições municipais. E você pode ter papel decisivo ajudando a denunciar e espalhar a verdade.

Se a campanha eleitoral iniciou em setembro, não é agora que as sementes das fake news que se espalharão no próximo mês foram plantadas. A desinformação contra o PT circula desde os anos 1980 e alguns temas sempre estiveram rondando, com acusações graves sem quaisquer resquícios de realidade: narcotráfico, pedofilia, satanismo, perseguição religiosa, crime organizado.

Essas ideias descabidas que se construíram ao longo dos anos deixaram as bases prontas para que preocupantes movimentos de desinformação como o QAnon se tornassem uma ameaça para as Eleições deste ano e de 2022. Candidatos a vereadores já manifestaram proximidade com essa rede de desinformação surgida nos EUA e é preciso ligar o alerta.

Na corrida para as prefeituras, mentiras sobre o PT já vêm se espalhando. Para atacar o partido em São Paulo, Bruno Covas inventou que o PT deixou “um grande rombo de R$ 7 bilhões” em 2017. A verdade é que Haddad terminou seu mandato deixando R$ 5,3 bilhões no caixa da Prefeitura. O PT foi à Justiça contra a disseminação da desinformação.

Nos últimos dias outra mentira sobre Haddad foi ressuscitada: a de que ele provocou um rombo no FIES. Acontece que, após investigar, o Tribunal de Contas da União confirmou que Haddad era inocente e arquivou o processo.

No Rio, antes mesmo da campanha começar, a candidata a prefeita Benedita da Silva foi vítima de fake news. Autora de oito livros e com dois diplomas, ela foi chamada de analfabeta.

Mais do que nunca, as campanhas municipais precisam estar atentas para monitorar e desmascarar as fake news, ajudando a espalhar a verdade. Você também pode ajudar a combater a fábrica de mentiras. Viu alguma mensagem suspeita no WhatsApp? Tem mentira circulando no Facebook? Envie para nós! Denuncie!

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