Falar de Covid “é chato”, diz diretor da EBC, que deveria orientar população

Bolsonarista, Glen Lopes Valente, diz que falar de Covid “é chato” e afirma que notícias sobre campanha de vacinação “não é algo emocionante”

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Diretor da EBC censura jornalistas para reduzirem cobertura sobre a pandemia da Covid-19

A colunista Mônica Bergamo, nesta terça-feira, 01, informa que o direitor-presidente da EBC, Glen Lopes Valente, pressiona os jornalistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) a reduzirem as coberturas sobre a pandemia da Covid-19.

O argumento do bolsonarista é de que falar de Covid-19 “é chato”. Ele afirma ainda que notícias sobre a campanha de vacinação contra o Coronavírus “não é algo empolgante” para os brasileiros e brasileiras.

“Eu acho que tem que dar, mas não todo dia, entendeu? Todo dia é chato. Entendeu? Porque… ‘De novo?'”, disse Valente na ocasião. “Acho [que tem] que, uma vez por semana, fazer um destaque do que está acontecendo. Todo dia ficar falando de vacinação… Sabe, não é um negócio emocionante”, continuou.

Mais uma anomalia do governo Bolsonaro, pois uma empresa pública de comunicação, que deveria ser independente, democrática e apartidária, teria de cumprir seu papel de informar, esclarecer e orientar a população sobre a gravidade da pandemia, vacinação e cuidados com o vírus.

Ao contrário, segundo a colunista, durante a conversa com os profissionais de comunicação da empresa, o diretor-presidente  – que tem sob sua gestão a TV Brasil, a Agência Brasil e rádios públicas— ainda comparou a pandemia da Covid-19 ao surto de H1N1.

Valente exige “jornal leve”

De acordo com funcionários, Valente também pressiona as equipes dos veículos por um “jornal leve”.

Em 2021, uma comissão de funcionário da estatal protestou por censura, sofrida no governo de Bolsonaro. Uma carta aberta de repúdio foi redigida pelos profissionais.

A EBC foi criada após um evento que envolveu vários setores da sociedade civil e gerou a Carta de Brasília. A lei que criou a estatal foi sancionada pelo presidente Lula, em 7 de abril de 2008.

Da Redação, com informações da Folha de S. Paulo

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