Governadores fortalecem diálogo com a China para trazer vacinas

Fórum dos Governadores solicita audiência junto à embaixada chinesa para garantir insumos e imunizantes e desfazer mal-estar causado por Bolsonaro

Foto: Reprodução

Diante das trapalhadas diplomáticas de Bolsonaro, o Fórum dos Governadores solicitou uma audiência à embaixada da China para tratar de vacinas e manter aberto o canal de diálogo com o gigante asiático

Diante do mais recente desastre diplomático causado por infundados ataques de Jair Bolsonaro à China, o Fórum dos Governadores articula iniciativa para garantir a manutenção do cronograma de envio do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), usado para fabricar vacinas. Os governadores também querem a antecipação, já pedida em ofício enviado ao governo chinês em março, de 30 milhões de doses prontas da Coronavac. O Fórum solicitou uma audiência à embaixada da China para tratar de vacinas e manter aberto o canal diplomático com o gigante asiático.

“De pronto, estamos afirmando o nosso respeito ao povo da China, respeito pelo trabalho e gratidão pelo fornecimento de vacinas ao Brasil”, declarou o governador do Piauí Wellington Dias, presidente do Consórcio Nordeste e coordenador da temática de vacina no Fórum Nacional de Governadores.

Para Dias, é de extrema importância a manutenção do cronograma de entrega de IFA para produção de vacinas pelo Instituto Butantan. “Da mesma forma, estamos pedindo, reforçando pedido que já fizemos ali em março para que aqueles 30 milhões de doses que estavam previstos para setembro possam ser antecipados ainda para este semestre dado a gravidade da situação da pandemia no Brasil”, esclareceu o governador do Piauí.

Governadores comemoram quebra de patentes

Os governadores também pleiteiam a transferência tecnológica, pela China, da produção ao Butantan, “exatamente por confiar e acreditar na vacina Coronavac”. Por isso, Dias considerou uma importante vitória a decisão do presidente americano Joe Biden de apoiar a quebra de patentes de vacinas contra a Covid-19 enquanto durar o surto.

“A quebra da patente permite que laboratórios, indústrias brasileiras, por exemplo, não precisem de autorização para produção do IFA no Brasil e permite maior controle e regularidade na produção e distribuição”, afirma o governador. Ele considera a medida “a melhor saída para o Brasil vacinar nosso povo mais cedo”.

“A Fiocruz pode produzir a Astrazeneca e outras; o Butatan pode produzir IFA da Coronavac e outros e a União Química, que já está autorizada a produzir IFA da Sputnik, vai poder iniciar [o desenvolvimento] com menos burocracia”, avalia Wellington Dias.

Os governadores trataram do assunto com a Organização Mundial da Saúde em março. O pedido feito pelos governadores seria para a entidade atuar “da mesma forma como lá atrás, no precedente, tratou na área do HIV”.

Da Redação

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