Haddad critica ‘2 pesos e 2 medidas’ em investigações

Prefeito de São Paulo lembrou que processo do Mensalão Tucano está prestes a prescrever. Ele defendeu punição a todos envolvidos em mal feitos, independente do partido

Foto: Heloisa Ballarini / SECOM

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), criticou, em entrevista à rádio “CBN” nesta quinta-feira (16), a diferença na condução das apurações de suspeitas de atos ilícitos contra partidos distintos. Para ele, não pode haver “dois meses e duas medidas”.

Além disso, Haddad relembrou o caso do Mensalão Mineiro, que está há mais de um ano parado na Justiça e a ponto de prescrever. O processo é movido contra o ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB). Segundo o Ministério Público, R$ 3,5 milhões foram desviados para a campanha à reeleição do tucano em 1998 .

“Nós não podemos ter dois pesos e duas medidas. Assim como que eu quero a punição de quem prejudicou a Petrobrás, eu quero a punição dos tucanos de Minas Gerais que inauguraram o mensalão”, disse.

O Mensalão Tucano, como também é conhecido, começou a ser investigado em 2005 e dois anos depois, em 2007, a Procuradoria-Geral da República apresentou a acusação à Justiça. Após as denúncias, Azeredo ainda se elegeu como senador e deputado e sempre negou participação no esquema. O processo foi devolvido totalmente finalizado após o Supremo Tribunal Federal (STF) devolvê-lo em primeira instância.

“Todo mundo tem que pagar. Não é porque tem estrela no peito que paga e o outro que é bicudo não paga. Errou paga”, criticou Haddad.

“Isso não é bom. Nós não podemos como cidadãos torcer pra quem errou e é tucano sair impune”, completou o prefeito.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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