Haddad quer economia de água em órgãos públicos

Todos os órgãos do município deverão reduzir em, pelo menos, 20% o consumo de água

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), determinou a todos os órgãos da administração direta e indireta do município que economizem pelo menos 20% de água, em relação à média de consumo de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. A decisão de reduzir imediatamente o consumo foi publicada nesta quarta-feira (14), no Diário Oficial da Cidade.

A medida visa garantir que a prefeitura se enquadre na norma da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que passará a multar qualquer aumento no consumo de água no estado.

A solução encontrada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de multar a população pelo consumo de água foi apresentada oficialmente após a reeleição. A mudança de postura em relação ao problema de abastecimento no estado levou o tucano a admitir, na quarta-feira (14), que os paulistas estão sob racionamento de água há mais de um ano.

A ordem de Haddad, no entanto, não se aplica a hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Órgãos da prefeitura que consumem mensalmente 10 mil litros, ou menos, também estão isentos.

Ficará a cargo dos responsáveis por cada órgão identificar vazamentos d’água e elaborar planos para reduzir o consumo. “Os reparos necessários deverão ter prioridade no planejamento e na alocação de recursos orçamentários administrativos das unidades”, diz a publicação.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) oferecerá equipe para dar assistência no trabalho de identificação de possíveis desperdícios.

A decisão de Haddad também veta a lavagem de calçadas e áreas externas com água da rede pública de abastecimento, “salvo se a lavagem for realizada com água de reuso”.

Desde o início da crise de abastecimento no estado, o prefeito da capital paulista sempre divergiu do governador. Enquanto Alckmin insistia em negar o problema, Haddad publicou uma carta aberta, em dezembro de 2014, e propôs um plano de contingência com 35 medidas para o enfrentamento da falta de água na capital.

Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias

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