Haddad investiu o próprio salário no combate à corrupção
Quando prefeito de SP, Haddad pagou aluguel de sala do próprio bolso pra desbaratar a máfia do ISS
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Uma coisa é criar mecanismos para impedir a corrupção, outra é ir além e pagar do próprio bolso para desbaratar uma máfia que vinha sangrando os cofres públicos sem dó. Quando estava a frente da prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad fez as duas coisas.
Isso ocorr em 2013, logo no primeiro ano de mandato, quando Haddad pagou por conta própria o aluguel de uma sala ao lado da usada pela máfia, para gravar áudios que provassem os crimes. Tudo foi feito para que os bandidos não desconfiassem da investigação.
O resultado direto foi a entrada de R$ 133 milhões para as contas da cidade. Calcula-se que a “máfia do ISS” – como a quadrilha ficou conhecida – tenha roubado meio bilhão de reais.
Além dessa ação de cinema, Haddad fez mais do que todos os outros prefeitos para impedir bandido de meter a mão no dinheiro do povo. Ele criou a Controladoria Geral do Município (CGM), um órgão feito só pra combater corrupção e garantir que a prefeitura trabalhe com transparência e ajude a melhorar os serviços públicos. O resultado?
Ao todo, calcula-se que a CGM impediu que R$ 330 milhões fossem roubados.
Como também fiscaliza os contratos, a CGM verificou que os tênis comprados pela prefeitura para distribuição em escolas municipais eram de má qualidade. A empresa mostrou um tipo de tênis na hora de ganhar a concorrência, mas entregava outro para os estudantes. O acordo foi cancelado e a empresa, multada e obrigada a devolver dinheiro para a prefeitura.
Além de tudo isso, Fernando Haddad ficou 12 anos no comando do Ministério da Educação, um dos que tinha a maior verba de todo o Governo Federal. Ao final desse período, ninguém jamais apontou um mal feito de Haddad na pasta.