Humberto: governo Bolsonaro é vocacionado à pauta da morte

Principais medidas anunciadas pelo capitão reformado em 4 meses estimulam e patrocinam programas e projetos que irão ceifar a vida de milhões nos próximos anos

Alessandro Dantas

Humberto Costa

Um dia depois de o governo decidir ampliar o porte de armas para um conjunto de 20 categorias, entre elas políticos eleitos, caminhoneiros e jornalistas, sem a “efetiva necessidade” de comprovação, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), declarou que a gestão Bolsonaro é vocacionada à pauta da morte.

De acordo com o senador, as principais medidas anunciadas pelo capitão reformado nesses quatro meses de 2019 estimulam e patrocinam programas e projetos que irão ceifar a vida de milhões nos próximos anos. Segundo ele, se o Congresso Nacional não restringir essas ações na medida que for possível a ele, o Brasil será transformado em um imenso e verdadeiro faroeste.

“Estamos assistindo a uma série de iniciativas, nas mais diversas áreas, que atentam contra a vida da população. O Brasil está refém de uma pauta de governo que tem como carro-chefe a promoção do terror e da morte. Bolsonaro quer implementar o seu discurso de ódio de campanha a todo custo, mesmo que isso contrarie estudos e pareceres do próprio governo”, disse.

Humberto ressaltou que estão na pauta da morte o decreto de janeiro que facilitou a posse de arma de fogo; a decisão dessa terça que ampliou o porte para um conjunto de 20 categorias; o pacote anticrime de Sergio Moro, que institucionaliza licença para matar; e a liberação recorde de agrotóxicos (mais de um por dia este ano).

Além disso, o parlamentar observou que a vocação por temas que geram mortes inclui ainda a destruição do Mais Médicos, o desabastecimento de remédios de fornecimento obrigatório do Sistema Único de Saúde e a retirada de radares de estradas federais.

“Um estudo de pesquisadores estrangeiros mostra que, até 2030, 28 mil pessoas vão morrer prematuramente por causa do teto de gastos promulgado pelo governo Temer – e estimulado pela equipe econômica de Bolsonaro. E a expulsão dos cubanos do Mais Médicos também irá gerar outras 100 mil mortes que poderiam ser evitadas caso o programa estivesse em pleno funcionamento. Uma vergonha”, lamentou.

O líder do PT no Senado reiterou que a falta de propostas concretas para o país está agravando a paralisia econômica e fazendo o quadro de perspectiva de recessão piorar, com subida desenfreada de preços de combustível e de gás, inflação alta, queda de renda e aumento do desemprego.

Ele lembrou que, depois de 21 anos, o Brasil não apareceu, pela primeira vez, na lista dos melhores países para se investir, segundo a opinião de investidores estrangeiros. “Sem nada a apresentar, Bolsonaro segue investindo na pauta de campanha. Quem perde com isso é o país”, finalizou.

Por Assessoria de Comunicação

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