Ibama tem o menor número de multas em 24 anos

Tanto Ricardo Salles quanto Jair Bolsonaro prometeram afrouxar as leis ambientais e em dois meses de governo já estão cumprindo

O afrouxamento com as leis ambientais, a escolha de um ministro do Meio Ambiente ligado a mineradoras e a falta de informação e respeito à natureza de Jair Bolsonaro ganha um novo episódio: as multas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A quantidade de multas aplicadas a crimes ambientais pela instituição no primeiro bimestre de 2019 é a menor desde 1995.

Em 2017 foram aplicadas 1.630 multas e no ano seguinte 1.580. Os dois primeiros meses de Bolsonaro – e de Ricardo Salles na chefia do Ministério – foram dadas 1.139 notificações.

A reportagem da Folha de S. Paulo, publicada nesta segunda-feira (4), apurou com técnicos da área ambiental que declarações como as de Bolsonaro e Salles sobre a “indústria da multa” no setor acabam provocando um clima intimidatório entre os fiscais e pode estar relacionado diretamente à diminuição dos números.

Este tema é uma das prioridades do ministro, que foi colocado no cargo para agradar aos empresários do setor. Uma minuta de decreto formulada pelo Ministério de Salles no dia 26 de fevereiro criou um “núcleo de conciliação” com poderes para avaliar, mudar o valor das multas e até anular cada cobrança aplicada pelo Ibama. Com tal medida, o papel do fiscal é esvaziado e pode, na prática, servir de recurso para quem cometeu o crime ambiental.

Quem é o ministro?

Ricardo Salles mentiu sobre sua formação em Yale, mostrou completo despreparo e desrspeito para falar sobre Chico Mendes, adulterou mapas ambientais para beneficiar mineradoras, dissemina fake news e sequer tinha direitos políticos para assumir o cargo. E tudo isso pode ser visto em apenas dois meses no comando da pasta.
Da Redação  da Agência PT de Notícias com informações da Folha da S. Paulo

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