Ibope: Haddad cresceu em quase todos os segmentos da população

Haddad também cresceu no sul sobre o candidato do PSL, que foi o único a ver a própria rejeição subir acima da margem de erro no âmbito nacional

Ricardo Stuckert

Os dados da pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (24) mostram que a preferência por Fernando Haddad para a Presidência da República subiu em praticamente todos os segmentos da população em comparação com a última pesquisa Ibope, realizada no dia 18 de setembro. As intenções de voto no petista subiram tanto entre homens quanto entre mulheres, entre todas as faixas salariais, entre todos os graus de instrução e em quase todas as faixas etárias.

Entre os eleitores que ganham até um salário mínimo, Haddad subiu de 27% na pesquisa do dia 18 para 30% das intenções de votos na pesquisa de segunda. Na faixa de 1 a 2 salários mínimos, o petista chegou a 21%. Essas faixas salariais já correspondem sozinhas a mais de 70% dos trabalhadores brasileiros registrados, porém, Haddad também cresceu entre aqueles com renda mais alta.

Entre os que recebem de 2 a 5 salários mínimos, Fernando Haddad passou de 16% para 19% das intenções de votos, além de crescer 2 pontos percentuais entre quem ganha mais de 5 salários mínimos, chegando a 15%. Entre os que preferiram não informar seus ganhos, ele foi de 14% a 16%.

O crescimento também foi marcante entre pessoas com os mais diferentes graus de instrução. Entre os eleitores que tem até a 4ª série do ensino fundamental, Haddad passou de 24% para 28% das intenções de votos, segundo a Ibope. Naqueles que estudaram até a 8ª série, ele cresceu de 23% para 26%. Na faixa de nível médio, Haddad subiu de 17% para 19% e na faixa de ensino superior foi de 13% para 16% das intenções de votos.

Na amostragem por idade, o candidato do PT cresceu mais entre aqueles com 25 a 34 anos, passando de 16% a 23%. Entre aqueles com mais de 55 anos, Haddad foi de 18% a 23%. Na faixa de 35 a 44 anos o candidato subiu 3 pontos percentuais e nos eleitores com 45 a 54 anos foi de 20% a 22%. A única faixa onde ele não apresentou crescimento foi de 16 a 24 anos, oscilando 1 ponto percentual para baixo, ficando em 17%.

No público masculino Haddad teve crescimento de 4 pontos percentuais, indo de 18% a 22% das intenções de votos. Entre as mulheres ele subiu de 19% para 21%.

Haddad cresce sobre Bolsonaro no Sul

Ainda que seja o líder no nordeste, onde recebe 34% das intenções de votos, Haddad cresceu mais nos estados do sul do país, suposto “reduto” de Jair.

No somatório de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, Haddad passou de 11% para 19%, um aumento de 8 pontos percentuais. Em contraste, o reacionário perdeu exatamente a mesma quantidade de pontos, passando de 38% para 30% do eleitorado da região.

No Sudeste, região que concentra 44% do eleitorado nacional, Haddad foi de 15% para 16%, enquanto nas regiões Norte e Centro-Oeste, somadas, pulou de 15% para 20%.

Rejeição a candidato do PSL cresce acima da margem de erro

O candidato do PSL atualmente é o líder em rejeição e foi o único que cresceu acima da margem de erro nesse quesito. O número de pessoas que não votaria em Bolsonaro “de jeito nenhum” passou de 42% para 46%.

As mulheres são as grandes responsáveis por esse crescimento, com a taxa de rejeição ao candidato do PSL subindo de 50% para 54%. Já entre os homens a rejeição ao candidato também cresceu, mas foi de 33% a 37%.

Entre os jovens de 16 a 24 anos, a rejeição a Bolsonaro também é alta, passando de 47% a 51%, segundo o Ibope. A rejeição ao candidato do PSL cresceu em praticamente todas as faixas etárias, com exceção das pessoas entre 45 e 54 anos. O índice mais alto de rejeição foi na faixa de 35 a 44 anos, chegando a 52%.  O movimento de aumento da rejeição também ocorreu em todas as faixas salariais, religiões, raças e praticamente em todos os níveis de escolaridade, com exceção das pessoas que completaram entre a 4ª e 8ª série do fundamental.

Da redação da Agência PT de notícias

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