Mobilização pede volta do Centro de Referência da Mulher na ZL

Panfletagem organizada por movimentos sociais marcada para o próximo dia 24 irá pressionar Doria por fechamento de espaço em São Miguel Paulista

Eduardo Silva/Agência Mural

Casa que antes abrigava mulheres com o CRM Onoris Ferreira Dias

Inaugurado em março de 2016 pelo ex-prefeito Fernando Haddad, o Centro de Referência da Mulher (CRM) em São Miguel Paulista foi o primeiro espaço dedicado ao amparo e atendimento de mulheres em situação de violência da Zona Leste de São Paulo. Embora tenha servido de alento feminino na periferia da cidade, o local foi fechado pelo prefake João Doria logo que assumiu o governo paulista no ano passado.

Além do amparo em casos de violência, as ações do CRM se estendiam ao questionamento das relações de gênero, ao combate das desigualdades sociais, atendimento psicológico, jurídico e também permitia que cada uma delas se tornasse protagonista de seus próprios direitos.

Por isso, se depender da mobilização popular, a decisão criminosa da administração terá de ser revertida. É o que espera o ex-ministro da Saúde e vice-presidente Nacional do PT, Alexandre Padilha. A primeira ação agendada é uma panfletagem neste sábado (24) no Calçadão de São Miguel Paulista.

“Queremos criar uma grande frente de mobilização para exigir o retorno do CRM. A ideia é conseguir o mesmo resultado que tivemos quando o prefeito anunciou que fecharia as Farmácias Populares criadas pelo governo Lula. Com a força de movimentos populares conseguimos impedir este absurdo”, espera.

Precedentes

“O discurso do falso gestor é sempre o mesmo: cortar gastos. Mas novamente ele dá as costas as populações mais pobres da cidade sem qualquer justificativa. O CRM surgiu como única alternativa a milhares de mulheres vítimas de violência na extrema Zona Leste de São Paulo, que agora estão desamparadas”, lamenta Padilha.

Padilha ainda questiona as argumentações de Doria e relembra o histórico de desleixo do prefeito no trato com a periferia: “Ao invés de fechar um aparelho tão importante para uma região esquecida da cidade, por que o prefeito não começa a repensar os acordos que fez com a indústria farmacêutica ou a atrocidade de obrigar a população mais pobre a realizar exames na madrugada e depois não ter nenhum encaminhamento?”.

Da Redação da Agência PT de Notícias

 

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