Mulheres nas urnas: 89 anos da promulgação do voto feminino

No dia 24 de fevereiro de 1932 as mulheres brasileiras ganharam o direito ao voto, o que mudou desde então?

Há 89 anos as mulheres conquistaram o direito de votar no Brasil, mas essa luta começou bem antes disso. As sufragistas brasileiras começaram suas movimentações em 1891, mas somente em 1934 esse direito entrou de fato na Constituição Federal de forma plena, durante a era Vargas.

De 1932 a 1934, apenas as mulheres casadas, que tivessem autorização dos maridos, e viúvas com renda própria podiam votar. O que fazia com que o direito feminino ao voto dependesse totalmente dos homens, sendo não um direito, mas uma concessão. Em 1934, o cenário mudou e todas as mulheres passaram a poder votar, quando o direito entrou na Constituição Federal.

Desde então, pequenos avanços foram conquistados no que tange a participação das mulheres nos processos eleitorais no país, com o eleitorado feminino superando o masculino nos anos 2000 e finalmente o Brasil elegendo sua primeira, e única, mulher presidente em 2010, com Dilma Rousseff.

Em 2015, a presidente Dilma Rousseff sancionou a data comemorativa de 14 de fevereiro como Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil, com a promulgação da Lei nº 13.086.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral 2020 teve o maior número de mulheres disputando cargos eletivos e eleitas da história, com 651 prefeitas e 9.196 vereadoras eleitas. Mas, esse número ainda é muito baixo quando colocamos em comparação aos homens que ocupam cargos políticos.

As mulheres são equivalentes a 100,5 milhões dos habitantes do país, cerca de 51,5% da população total, mas ainda são pouco representadas, correspondendo a menos de 15% dos cargos políticos no país.

Projetos de incentivo à formação e eleição de mulheres vem surgindo para que essa realidade mude. O Projeto Elas por Elas, da Secretaria Nacional de Mulheres do PT, é hoje o maior destes projetos no país.

Anne Moura, Secretária Nacional de Mulheres do PT, explica que o projeto nasceu da vontade das mulheres petistas de ocuparem a política cada vez mais e assim transformarem a vida das brasileiras:


“Michelle Bachelet disse que “Quando uma mulher entra na política, muda a mulher. Quando muitas mulheres entram na política, muda a política.” e nós acreditamos nisso. O Elas por Elas existe para mudar a política brasileira, formando mulheres para ocuparem os mais diversos espaços de poder e decisão e assim, mudar a realidade das brasileiras e brasileiros de forma geral”, diz Anne.

Assim como em 2020, 88 anos depois do voto feminino ser lei, tivemos a maior vitória em números de mulheres na política da nossa história, esperamos que as mudanças sociais dessa vitória comecem a aparecer e que cada vez mais as mulheres brasileiras se apossem deste espaço o fazendo mais diverso e igual.

 

Nádia Garcia, Agência Todas.

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