Pandemia teve impacto negativo na saúde sexual e reprodutiva das mulheres na América Latina

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos apresentou resultados do monitoramento em março.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos apresentou, via Facebook, os resultados de um monitoramento sobre saúde sexual e reprodutiva das mulheres latino-americanas durante a Covid-19.

O Consorcio Latino-americano Contra o Aborto Inseguro convidou a Anis – Instituto de Bioética e organizações de outros 8 países da região a participarem de um observatório, tendo em vista o aprendizado obtido em crises sanitárias anteriores, e seus impactos na vida de meninas e mulheres.

Alguns dados divulgados no relatório comprovam como a saúde sexual e reprodutiva das mulheres foi ignorada e/ou negligenciada durante o último ano em países pontuais da América Latina e como os governos federais destes países nada fizeram pela preservação da saúde de suas cidadãs.

O relatório traz que uma equipe de saúde do Equador negou atendimento a uma jovem imigrante, que acabou sofrendo um aborto espontâneo. Ela pontua também que 40% mais peruanas tiveram partos em casa do que em hospitais e que na Bolívia, mulheres campesinas que protegiam um centro de saúde pré-natal foram atacadas a mando do prefeito da cidade.

Consultas ginecológicas e obstétricas e testes de HIV sofreram redução no Chile e na Argentina e em El Salvador, houve um aumento de 79% de meninas grávidas, o que também aconteceu na Colômbia já que em zonas rurais as mulheres tiveram mais dificuldade no acesso a contraceptivos em 2020.

Além das pacientes terem sofrido com os impactos da pandemia nesses países, os profissionais de saúde também foram vítimas do despreparo de alguns governos. No Uruguai médicos e enfermeiros tiveram que realizar tele atendimento sem apoio institucional e com seus celulares pessoais.

Os Estados da Pátria Grande precisam se organizar e garantir que a vida das mulheres seja um dos centros de respostas direcionadas à emergência de saúde que vivemos. Queremos nossas mulheres vivas, com saúde, comida no prato e vacina no braço.

Informações completas sobre cada um dos países podem ser acessadas no site Salud reproductiva és vital.

 

Nádia Garcia, Agência Todas.

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