Para defender decreto, Onyx diz que mulher prefere arma à Maria da Penha

“Tem mulheres que entre ter lá a folhinha da Maria da Penha ou um revólver ou pistola na bolsa, prefere ter um revólver na bolsa”, disse o ministro-chefe da Casa Civil

Lula Marques

Onyx Lorenzoni

Em uma defesa alucinada do decreto que facilita o porte de armas, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que as mulheres preferem andar armadas do que ter a proteção da Lei Maria da Penha.

“Tem mulheres que entre ter lá a folhinha da Maria da Penha ou um revólver ou pistola na bolsa, prefere ter um revólver na bolsa, porque isso garante a integridade dela. Esse é um exercício de direito que tem que ser respeitado”, disse o ministro durante entrevista para a rádio Gaúcha nesta sexta-feira (10).

Vale lembrar que dados do Tribunal Superior Eleitoral mostram que as doações da indústria armamentista nas eleições de 2014, quando as empresas ainda podiam financiar campanhas eleitorais, chegaram a cerca de R$ 2 milhões, sendo que de 2006 até 2014, o então deputado Onyx Lorenzoni recebeu mais de meio milhão de reais da indústria armamentista.

Na última terça (7), Jair Bolsonaro (PSL) assinou um decreto que flexibiliza o porte de armas no país e a compra de munições, ampliando o acesso para mais 20 categorias.

A proposta recebeu uma enxurrada de críticas e é alvo de questionamentos por integrantes da sociedade civil, do Judiciário e do Legislativo, que apontam a inconstitucionalidade da medida por decreto.

Além disso, a equipe técnica da Câmara e do Senado elaboraram pareceres que indicam que o decreto que amplia o porte de armas extrapola limites legais, distorcendo o Estatuto do Desarmamento.

Para Onyx, no entanto, as críticas são ideológicas. “As armas foram inventadas para garantir a liberdade individual”, disse.

Por Brasil 247

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