Para Padilha, Haddad vai derrubar o muro que existe entre o centro expandido e a periferia

Em entrevista ao Portal e Rádio Linha Direta, o secretário de Relações Governamentais da prefeitura de São Paulo falou da sua trajetória, da destão Fernando Haddad, do papel da mídia hoje, da conjuntura e dos sete meses da gestão tucana

Pai de Melissa, marido de Tassia, Alexandre Padilha, hoje aos 44 anos, atualmente é o secretário de Relações Governamentais da Prefeitura de São Paulo.

Ministro de estado mais jovem nas gestões do presidente Lula e depois no governo da presidenta Dilma, Padilha iniciou a sua militância aos 14 anos de idade. Aos 17, ingressou na Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, para cursar Medicina, Lá, dirigiu estudantes e chegou ao posto de coordenador do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da universidade.

Todas as articulações e mobilizações feitas no período, o credenciaram para assumir a Secretaria Estadual de Juventude do PT-SP e mobilizar os jovens petistas no Estado.

Na entrevista que concedeu ao Portal e Rádio Linha Direta, o secretário de Relações Governamentais da Prefeitura de São Paulo falou sobre a sua trajetória, a Gestão do prefeito Fernando Haddad, do papel da mídia hoje, do momento pós eleitoral em São Paulo e no Brasil e avaliou os sete meses da gestão tucana em São Paulo.

Sempre ao lado do povo, Padilha avalia que os episódios de ódio e intolerância que levarão a agressões e insultos não devem fazer os petistas abaixarem a cabeça. “Esses episódios não vão fazer que a gente baixe a cabeça. Eu não mudei um milímetro a minha postura, sou um cara que gosto de estar na cidade, gosto de circular na cidade, gosto de estar em contato com o povo. (…) A postura de algumas pessoas, como estas, que não sabe conviver com a democracia, não fizeram e não vão fazer que eu recue em um milímetro. Segundo: a maior parte dos momentos que teve de bate-boca e discursão, em geral, foram pelas coisas boas que PT fez, por exemplo: os Mais Médicos”.

Segundo ele, no mesmo dia que aconteceram os insultos no restaurante do Itaim Bibi, seus amigos perguntaram se ele tinha couro duro para ter que passar por isso. “Sou de uma família que enfrentou a ditadura. Na época da ditadura as mesmas injúria e ataques eram feitos (…) Nós temos couro duro para enfrentar a situação e cabeça erguida sempre e buscar na justiça o que são os nossos direitos”, diz.

Ao falar sobre como a militância deve reagir se passar por esse tipo de ocasião, Padilha aconselha: “Qualquer tipo de injuria tem que ser respondido a altura”.

“Eu vou honrar cada um desses quase 4 milhões de votos nas eleições do ano passado”, destaca sobre o resultado eleitoral. Segundo ele, os eleitores que depositaram a confiança nele podem ter certeza de que a fiscalização ao governo Alckmin está sendo feita.

“O que está acontecendo hoje no estado de São Paulo, o que posso falar: `eu já sábia`. Tudo que nós falamos do governo Alckmin, de critica em relação ao governo Alckmin, se escancara cada vez mais. Que o governo Alckmin teria quatro anos para fazer mais do mesmo no estado de São Paulo e o que é o mais do mesmo? Obras paradas, o metrô em ritmo lento. Essa semana acabou de anunciar paralisação da linha quatro do metrô. Um poder de esconder a crise hídrica que São Paulo está vivendo e da paralisação das obras também. Uma postura tímida em relação à questão do desafio de manter o crescimento. Ou seja, o governo Alckmin é um governo que não mobiliza empresários, atores econômicos, o movimento sindical para fazer que São Paulo cresça cada vez mais. Isso é um desafio fundamental para o Estado de São Paulo (…) A postura do estado de São Paulo: fecharam mais de três mil salas de aula este ano (…) O corte de mais de um bilhão de reais na saúde só mostra um lado mais do mesmo”, diz.

O processo de participação social e de inclusão promovido pela gestão Haddad, na Capital, também foi comentado por Padilha. Segundo ele, a administração vai consolidar uma marca de todos os governos petistas que é a marca da participação. “O governo Haddad é um governo de mudança na cidade de São Paulo, de profundas mudanças. Nós queremos mudar a vida do povo que vive na periferia, derrubar um muro que existe na cidade de São Paulo entre o centro expandido e a periferia, dar oportunidade, democratizar o uso dos espaços públicos”, afirma o secretário.

Sobre o PT e as novas mídias, Padilha defendeu uma reinvenção na forma de organização partidária. “Acho que, inclusive, o PT tem que fazer um profundo debate na sua reinvenção. Sou um defensor de que o PT seja, cada vez mais, um PT que disputas nas redes sociais: as suas teses, as suas ideias, as suas informações, os debates e enfrentar, inclusive, a turma do ódio e da intolerância nas redes”, declara.

Padilha foi um dos protagonistas do Camping Digital de 2014. Sobre o anúncio da segunda edição, que ocorre nos dias 9 e 12 de outubro, no ABC paulista, Padilha diz que foi um momento incrível. “Estou muito animado com o novo Camping Digital. Estamos nos preparando para isso. Quero estar participando ativamente do Camping Digital. Foi muito legal o Camping Digital em 2014, foi um dos momentos mais incríveis da Caravana Horizonte Paulista, naquele momento a gente estreou o ônibus. Acho que esse Camping Digital vai ser mais incrível ainda, no momento decisivo do embate da disputa politica, da defesa da democracia no país, no enfrentamento que nós temos que fazer, da afirmação do petismo, temos que dar todo apoio para isso e o PT cada vez mais”, destaca.

Por Elineudo Meira, do Linha Direta

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