Prefeita do PT ameaçada de morte pede proteção à ministra Maria do Rosário

Ameaçada em decorrência de medidas que teria adotado quando assumiu a prefeitura de Rondolândia (MT), a prefeita Bett Sabah (PT), 36 anos, pediu nesta quarta-feira (19) proteção à ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário.

O encontro, no gabinete da ministra, foi intermediado pelos deputados federais Ságuas Moraes (MT) e Padre Ton (RO). Também participaram da reunião os deputados Nilmário Miranda (MG) e Domingos Dutra (MA).

A prefeita está em Brasilia desde o início da semana. Ela já esteve com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, quando relatou que teve de mudar os filhos da escola e que obteve informações de que sua cabeça estaria valendo R$ 130 mil. Ela não sabe de onde parte as ameaças, mas acredita que possa estar incomodando pessoas em razão do combate à corrupção e de mudanças que promoveu em sua gestão.

A ministra Maria do Rosário se comprometeu em conversar com o governador Silval da Cunha Barbosa para que o Estado ofereça segurança à prefeita. Um inquérito teria sido aberto para investigar o caso, mas o processo não prosseguiu – a Polícia Civil no município, de 3 mil habitantes, não tem delegado. Apenas um escrivão e um agente.

A ministra disse que poderá acionar também o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) e pedir escolta. Ela explicou que não cabe proteção no Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, esclarecendo que o programa promove apenas o monitoramento da pessoa vítima de ameaças e violência, e que embora haja problema de efetivo segundo o Ministério da Justiça, irá pedir atenção total ao caso. “Acredito que o José Eduardo pode oferecer apoio ao governo do Estado”, declarou.

Ex-moradora de Cacoal, em Rondônia, Bett Sabah é enfermeira, e em 2012 foi eleita em uma disputa acirrada, conquistando a vitória com diferença de apenas três votos. Sua gestão é marcada por investimentos em saúde, educação e na infraestrutura da cidade, o que vem gerando conflitos com grupos criminosos da região.

Após articulação dos deputados Padre Ton e Ságuas Moraes, a prefeita também fez um relato da situação a membros da Frente Parlamentar de Direitos Humanos, que deliberou pela ida de uma comitiva de deputados à Rondolândia para averiguar o caso. Estiveram neste encontro os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ); Renato Simões (PT-SP); Erundina (PSB-SP); Domingos Dutra (Solidariedade-MA); Janete Pietá (PT-SP); Janete Capiberibe (PSB-AP);  Jean Willys (PSOL-RJ) e Erika Kokai (PT-DF).

(Assessoria Parlamentar)

 

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