Prévia do PIB 2023: BC registra 2,45% de alta da atividade econômica, e FGV, 3%

Indicadores confirmam acerto das ações do governo Lula e surpreendem o mercado, que revisa para cima projeções para o PIB em 2024

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Recuperação: os dados do BC refletem o acerto das diversas ações adotadas pelo governo para fortalecer o setor produtivo

Dois indicadores divulgados nesta semana reforçam que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2023 deve ficar bem acima das previsões do mercado. Um deles é o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), do Banco Central, que aumentou 0,82% em dezembro e 2,45% em todo o ano passado. Já o Monitor do PIB-FGV aponta alta de 3,0% da atividade econômica em 2023.

Na análise das séries livres de efeitos sazonais, segundo o Monitor do PIB-FGV, a economia cresceu 0,1% no quarto trimestre, em comparação ao terceiro, e 0,6% em dezembro, frente a novembro.

Os números confirmam a previsão do presidente Lula de que o PIB iria crescer acima das expectativas do mercado, que previa um avanço entre 1,2% e 1,5%. Esse resultado, inclusive, levou os analistas a revisarem para cima as projeções do PIB tanto de 2023 quanto de 2024.

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Os dados refletem o acerto das diversas ações adotadas pelo governo para fortalecer o setor produtivo, o que inclui ampliação de crédito, abertura de novos mercados para produtos brasileiros no exterior, estímulos à inovação e às exportações.

A coordenadora da pesquisa do Monitor do PIB-FGV, Juliana Trece, destaca o bom desempenho da agropecuária, da indústria e dos serviços. “A agropecuária foi fundamental para o desempenho do PIB de 2023. Aproximadamente 30% do crescimento de 3,0% da economia deveu-se diretamente a esta atividade, em particular ao desempenho da soja na região Centro-Sul do país”, explica.

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“Devido ao agronegócio, o efeito do excelente desempenho agropecuário no ano se estendeu para outras atividades econômicas, o que potencializou sua influência na economia. No entanto, cabe também destaque para o desempenho positivo da indústria e do setor de serviços em 2023”, diz a coordenadora.

Por outro lado, Juliana observa que, apesar dos avanços, ainda há forte concentração setorial e regional, evidenciando que o crescimento econômico não foi sentido de modo uniforme no país.

“Nos serviços, o crescimento foi generalizado, padrão diferente do observado na indústria. Atividades industriais relevantes para impulsionar a economia, como a transformação e a construção, retraíram em 2023”, sublinha.

IBC-BR

O Banco Central, além de atestar um aumento de 2,45% do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) em 2023, destaca que o avanço de 0,82% registrado em dezembro, referente a dados dessazonalizados, ficou acima das projeções do mercado. A pesquisa da Reuters, por exemplo, previa alta de 0,75%.

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Com o resultado de dezembro, o IBC-Br interrompeu uma sequência de virtuais estabilidades e voltou ao maior patamar desde a máxima da série histórica, alcançada em abril de 2023. Na comparação com dezembro de 2022, houve um avanço de 1,36%.

Com esse desempenho, o IBC-Br terminou o quarto trimestre de 2023 com expansão de 0,22% em relação aos três meses anteriores, também em dados dessazonalizados.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará, em 1° de março, os números oficiais do PIB de 2023.

Mercado revisa projeções para o PIB

A retomada do fôlego do IBC-BR na reta final do ano passado surpreendeu o mercado e levou os analistas a revisarem para cima as projeções para o PIB tanto de 2023 quanto de 2024.

O Banco Inter, por exemplo, revisou sua projeção para o PIB de 2023 de 2,9% para 3,1%, segundo notícia publicada na terça-feira (20) pelo jornal Valor Econômico. “É uma surpresa a atividade mostrar essa resiliência, um crescimento, mesmo com um aperto monetário maior do que se esperava”, diz a economista-chefe do banco, Rafaela Vitoria, entrevistada pelo jornal.

Outra instituição que ajustou projeções foi o UBS BB. O banco agora vê o PIB do quarto trimestre crescendo 0,2% na comparação trimestral e revisou o dado para 2023 de 2,9% para 3,0%. A projeção para 2024 também foi alterada, de 1,4% para 2,0%.

“Notamos que a performance melhor que o esperado de novembro e dezembro veio principalmente da indústria e dos serviços. Sobre o último, no entanto, notamos que o avanço pode representar apenas uma recuperação frente a quedas anteriores”, escrevem os economistas do UBS BB, consultados pelo Valor.

A XP Investimentos também vê continuidade desta melhora no começo deste ano. A sua projeção para o crescimento de 2024, atualmente em 1,5%, tem viés positivo, especialmente pela força do consumo das famílias, afirma o economista Rodolfo Margato, outro entrevistado.

Da Redação

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