PT 44 anos: lideranças celebram resiliência e capacidade de renovação do partido

Ao Jornal PT Brasil, presidentes do PT de São Paulo, Kiko Celeguim, e do RS, Juçara Dutra, e a secretária nacional de Juventude, Nádia Garcia, exaltaram força popular da legenda

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"Não param de chegar listas de jovens que querem ser pré-candidatas e pré-candidatos", destacou Nádia Garcia

Em mais uma rodada de entrevistas comemorativas dos 44 anos do PT dia 10 de fevereiro, o Jornal PT Brasil ouviu nesta quinta-feira (1), o deputado federal e presidente do PT de São Paulo, Kiko Celeguim, a presidente do partido no Rio Grande do Sul, Juçara Dutra e a secretária nacional de Juventude, Nádia Garcia. Todos exaltaram a força de um partido que tanto fez pelo povo brasileiro, que tem o maior número de vereadores jovens de sua história e quer aumentar bastante este número nas eleições de 2024.

“Em 2020 o partido elegeu mais de 560 jovens vereadores. Foi uma virada de chave no pensamento do que era representação da juventude e este ano não só queremos reeleger esses 560 como aumentar ainda mais este número”, observou Nádia, ao citar que a secretaria já começou o mapeamento das candidaturas jovens potenciais.

“Não param de chegar listas de jovens que querem ser pré-candidatas e pré-candidatos. A ideia é mostrar que o PT é um partido jovem que já fez tanta coisa vai conseguir fazer ainda mais porque ele tem se renovado e ocupado nos espaços também do parlamento com os nossos jovens”, disse ela ao falar das deputadas Dandara (PT-MG) e Camila Jara (PT-MS) que com menos de 30 anos foram eleitas deputadas federais.

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“É um partido muito jovem perto dos partidos brasileiros. Foi fundado também pela juventude, pelos estudantes que estavam presentes naquele 10 de fevereiro e continuamos fazendo parte da história do PT. Se somos tão jovens e conseguimos fazer tanto, precisamos ter juventude militando, atuando e dirigindo, para que daqui 100 anos possamos falar que o PT existe e continua transformando a realidade dos brasileiros”, ressaltou Nádia.

“Temos a expectativa de dobrar o número de prefeitos e prefeitas e aumentar em 50% o número de vereadores e vereadoras”, anunciou Juçara, primeira mulher a presidir o PT-RS e primeira vereadora e fundadora do partido na cidade de Vacaria, ao informar que no RS o partido está dialogando com movimentos sociais, juventude, mulheres, população LGBT e com todos que defendem a democracia, a soberania.

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Ineditismo

“O PT pôde oferecer ao país um arcabouço de lutas de conquistas que melhoraram a vida do povo, desde a luta pela liberdade e democracia até a luta pela inclusão dos trabalhadores e da população mais carente que vive no campo e nas cidades”, afirmou o deputado Kiko Celeguim, ao destacar que o PT foi “algo inédito” na democracia brasileira porque foi fundado a partir de anseios de trabalhadores desassistidos por ações governamentais, numa conjuntura em que eles estavam sendo asfixiados pelo arrocho salarial, inflação, falta de liberdade de organização e lutando por democracia.

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“Por isso o PT tem esse grau de representatividade”, assinalou, ao citar que o partido já governou quase todas as principais cidades de São Paulo e que, entre 2012 e 2016, o PT governava mais da metade da população do estado.

As experiências de governo petistas viraram grandes marcas que foram adotadas por cidades do país inteiro, como é o caso do Orçamento Participativo, renda mínima, programa de transporte escolar, política de integração de transporte coletivo.

“Essas experiências foram se consolidando e preparando nossos quadros para quando chegamos à presidência da República em 2003”, destacou.

Sobre as próximas eleições, a parceria com aliados mostra a prioridade do partido para construir alianças que garantam prioridade para a população mais carente e que possam derrotar o bolsonarismo.

“Vamos apoiar uma candidata do PSOL, inclusive estamos muito animados porque essa iniciativa contagiou tanto a nossa militância que fez com que a nossa ex-prefeita Marta Suplicy voltasse a integrar o nosso partido”, afirmou, ao citar a tarifa zero, segurança pública, formação profissionalizante como alguns dos temas centrais da campanha de 2024.

“O PT está se organizando para mostrar o seu legado e principalmente a sua capacidade de se reinventar e oferecer um cardápio de possibilidades de políticas públicas, para convencer o eleitorado que nós somos sim a melhor alternativa”, enfatizou.

Espaço de protagonismo feminino

“Somos um partido com vocação socialista que envolve muitos setores da sociedade que pensam um novo projeto de vida para a população brasileira e mundial, de inclusão da população nas políticas sociais e econômicas do país. Por isso conseguimos vencer cinco eleições e eleger a primeira mulher presidenta do Brasil”, destacou Juçara Dutra, ao comentar sobre o privilégio de estar num partido em que as mulheres tem oportunidade de revelar seu protagonismo.

“Nascemos para ser um partido de luta, de base e de representação popular, mas também com estratégia de poder. Isso se deve à pluralidade do PT que é canalizada para o objetivo fundante do partido”, salientou.

O PT-RS criou em junho de 2023 um grupo do trabalho eleitoral que está fazendo o levantamento da realidade do estado “a partir da premissa de que precisamos fortalecer a nossa federação e ampliar o diálogo com partidos do campo democrático popular como PDT, PSB e outros partidos que dão sustentação ao governo do presidente Lula”, avaliou.

Juçara informou ainda que no RS o partido está dialogando com movimentos sociais, juventude, mulheres, população LGBT e com todos que defendem a democracia, a soberania e se preocupam com a vida da população, que foi muito afetada pelas fortes chuvas em 2023 e sofreu com a falta de respostas por parte do governo estadual.

“A palavra de ordem do PT, que faz aniversário num sábado de carnaval, é botar o bloco na rua com alegria, porque fomos vitoriosos em relação ao golpe de 8 de janeiro e estamos governando para o povo. A alegria faz parte do nosso projeto. O PT existe porque tem o slogan ‘sem medo de ser feliz”, comemorou.

PT se identifica com a juventude e vice-versa

“Se não trabalharmos com a juventude não vamos conseguir construir de fato no Brasil do futuro”, salientou Nádia, ao lembrar do trabalho no período da transição para recompor as políticas para a juventude totalmente desmontadas por Bolsonaro.

“Ficou nítido como o governo passado utilizou o Ministério Direitos Humanos, a Secretaria Nacional de Juventude e outras secretarias para fazer seu gabinete do ódio”, disse ela ao citar que o fundo da secretaria foi reduzido em mais de 60%.

Mesmo com tantas dificuldades, houve grandes feitos no primeiro ano de governo Lula como o debate sobre a bolsa permanência dos estudantes do ensino médio, a nova aprovação da lei de cotas e uma grande conferência da juventude, que teve avanços muito grandes nas pautas aprovadas que vão virar políticas públicas.

Nadia reforçou que o PT quer mostrar que os jovens não são só servem para balançar bandeiras. “São ‘muitas juventudes’ em todo Brasil, elas precisam de coisas diferentes mas têm a política pública como prioridade e o estado como benfeitor de políticas públicas para melhorar a vida da juventude é a regra em qualquer espaço”, concluiu.

Da Redação

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