PT firma compromisso com a igualdade colocando mulheres nos principais cargos de direção

Partido tem aumentado a participação de mulheres em cargos nacionais; iniciativas de inclusão feminina criadas anteriormente serão ampliadas

Nádia Beatriz Pereira

“No meu partido, eu boto fé, pois ele é presidido por mulher”, canta a militância petista sempre que a presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, inicia uma fala em público. O fato de a maior legenda progressista da América Latina ter em seu cargo máximo uma representante feminina vai além da exaltação personalista: na verdade, simboliza com precisão a preocupação do partido de promover maior equidade entre homens e mulheres e equilibrar o jogo ainda predominantemente masculino se o recorte for a própria política do país.

Ter eleito a maioria das mulheres nas Eleições de 2018 (são 31 parlamentares) e a única governadora do país (Fátima Bezerra-RN) também são reflexos diretos de um trabalho que se estende ao longo de quase quatro décadas.

Mas o trabalho não para. Com a definição dos nomes que passam a ocupar as secretarias do partido, ficou claro a busca pela tão sonha equidade: as mulheres ocupam cinco das 11 pastas.

São elas:

Finanças e Planejamento: Gleide Andrade
Organização: Sonia Braga
Formação: Maria do Rosário
Mobilização: Mariana Janeiro
Movimentos Populares: Vera Lucia Barbosa

Não custa lembrar também que, ao contrário da atual gestão federal, foi durante os governos do PT que iniciativas Lei Maria da Penha e a PEC das Domésticas saíram do papel – isso sem contar o fato de a titularidade do cartão do Bolsa Família e a preferência da titulação do Minha Casa Minha Vida ser dada às mulheres foi fator fundamental para a emancipação feminina no país.  E o que falar de o partido ter eleito Dilma Rousseff, a primeira mulher a comandar o Brasil?

“A paridade já é uma realidade no nosso partido desde o 4º Congresso Nacional. E com ela veio as cotas geracionais e a cota étnico racial. É verdade também que a gente precisa consolidar a paridade e isso significa naturalizar as mulheres nos espaços de direção, não só na estrutura Nacional do partido. É preciso ter mais mulheres em diretórios estaduais e municipais”, explica Anne Karolyne, secretária Nacional de Mulheres.

Embora admita que ainda há muito a se fazer, Anne reitera que a preocupação do partido em diminuir os abismos existentes entre homens e mulheres tem gerado excelentes resultados e aumenta as perspectivas para o futuro. “Esperamos que as mulheres à frente da direção Nacional abram portas e possibilidades para que no próximo Congresso tenhamos mais mulheres e que isso seja tratado de forma natural”.

A secretária nacional de Mulheres, Anne Karolyne, no encerramento do projeto Elas por Elas, em Brasília

Eleições 2020

 

Desde 2018, o Partido dos Trabalhadores conta também com o projeto Elas por Elas, iniciativa criada com o objetivo de ampliar a participação feminina na política além de oferecer todo o respaldo (como assistência contábil a jurídica) para que as candidatas estejam preparadas para a disputa.

Dois anos depois e com a proximidade de mais um pleito, a meta agora é incluir mais representantes mulheres nos estados e municípios. “Nossa perspectiva é construir campanhas coletivas dando oportunidade para que as mulheres tenham igualdade para fazer a disputa. A gente trabalha o antes: a preparação, a formação, e depois fazer oficina de contabilidade e jurídica para que ela possa continuar disputando no partido. Do que depender de quem está na direção e da nossa secretaria vamos construir juntos essa nova história”, conclui Anne.

Da Redação da Agência PT de Notícias

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast