Quando mulheres petistas ocupam espaços, elas mexem na estrutura de poder

Uma reflexão sobre o papel da mulher petista no parlamento para o Especial da Câmara dos Deputados (e das Deputadas)

A deputada Maria do Rosário é atacada pelo então deputado Jair Bolsonaro

O ano de 2020 não completou três meses e os ataques às mulheres petistas que ocupam espaços políticos cresceram e se intensificaram vertiginosamente. Deputadas estaduais enfrentaram agressões verbais na tribuna paulista, deputadas federais enfrentaram ofensas no Congresso, a presidenta do PT e sua filha enfrentaram opositores ensandecidos, companheiras do PT enfrentaram a truculência da polícia de Lisboa, atravessando até as fronteiras nacionais.

Quando mulheres petistas ocupam espaços no parlamento, elas deslocam as forças conservadoras, mexem em toda a estrutura de poder, reviram a cultura machista histórica das casas legislativas e passam um recado importante à sociedade: de que seguiremos em marcha e em luta até que todas sejamos livres.

Essa contra ofensiva de homens brancos de direita em espaços de poder é a expressão da incapacidade, da inabilidade, da truculência e da violência do discurso machista — que está a serviço de uma lógica ultraliberal de retirada de direitos históricos da classe trabalhadora.

Essas atitudes violentas e generalizadas contra mulheres, legitimadas e incentivadas pelo governo Bolsonaro,  buscam cercear e silenciar a participação das mulheres na vida pública , intimidando candidaturas femininas, criando um ambiente desfavorável à diversidade e à luta por justiça social.

A força das mulheres petistas e do campo progressista se torna referência para mulheres que querem disputar a política, portanto suas atuações são estratégicas para a luta feminista.

Para enfrentar esse silenciamento das mulheres que ocupam espaços políticos, lançamos a campanha de 8 de março “Silenciadas Nunca Mais”, inspirada na luta combativa das nossas parlamentares nas trincheiras da luta por direitos sociais, por um mundo mais justo, humano e sustentável, dentro e fora do parlamento.

Seguimos reafirmando que política é lugar de mulher, legislativo é lugar de mulher, e todo lugar que elas estejam devem ser respeitadas.

Nós, da Secretaria Nacional de Mulheres do PT, temos nossas parlamentares como referências de luta e estaremos juntas, atentas e fortes e lutaremos contra todo tipo de violência machista e misógina.

 

Toda vez que uma mulher dá um passo, o mundo sai do lugar.

 

 

Anne Karolyne, secretária nacional de Mulheres do PT

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