Sob Bolsonaro, BNDES financia fazendeiros criminosos com dinheiro público

Mesmo com terras embargadas pelo Ibama, fazendeiros conseguiram R$ 28,6 milhões para comprar tratores e desmatar a Amazônia

Victor Moriyama/Greenpeace / Site do PT

Bolsonaro libera BNDES para financiar fazendeiros desmatadores

No governo de Bolsonaro o desmatamento é sempre bem-vindo, com artimanhas sem limites para impulsionar a destruição ambiental no país. A novidade de agora é utilizar um banco público, que era para estimular o desenvolvimento econômico e social brasileiro, para financiar fazendeiros criminosos e desmatadores.

Mesmo com terras embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Bolsonaro liberou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para emprestar, com dinheiro público, R$ 28,6 milhões para a compra de maquinário agrícola.

O projeto de extermínio da Amazônia é operado pelo banco John Deere, que pertence à maior montadora de máquinas agrícolas do mundo. O financiamento foi liberado para cinco produtores com embargos por desmatamento, emitidos pelo Ibama.

O secretário Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Partido dos Trabalhadores (PT), Penildon Silva, alerta sobre a estratégia de destruição do governo Bolsonaro de todo o aparato estatal, que era utilizado para fiscalizar, coibir e multar crimes ambientais, e agora estimula criminosos a avançarem nas florestas e outros biomas brasileiros. Outro ponto destacado por Penildon é que o caráter do governo bolsonarista vai levar o Brasil ao isolamento no plano internacional, diante de tantos retrocessos ambientais.

“É escandaloso, pois o BNDES foi desativado como banco desenvolvimento social e econômico e agora serve para poder financiar a destruição da Amazônia. É preciso que o Congresso Nacional e o Tribunal de Contas investiguem bem, pois o financiamento é para uma atividade que é ilegal”.

Ouça o secretário Penildon Silva:

Crédito rural proibido

O Banco Central do Brasil proíbe a concessão de crédito rural para propriedades na Amazônia que tenham embargos, mas não impõe restrições para que os donos dessas áreas obtenham empréstimos para outras fazendas. É aqui a brecha que Bolsonaro, não satisfeito com os 360 km2 desmatados da Amazônia somente em janeiro deste ano, precisou ter para continuar com a destruição da maior floresta tropical do mundo.

Da Redação, com informações do UOL e Repórter Brasil

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