Temer escolhe defensor de Cunha para Ministério da Justiça

Osmar Serraglio era presidente da CCJ e defendeu anistia para Eduardo Cunha. Nas redes sociais, petistas e outras personalidades condenaram nomeação

Antonio Cruz/Agência Brasil

O Presidente da CCJ da Câmara dos Deputados, Osmar Serraglio e o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha durante o encerramento da sessão de votação do processo de Cunha

O novo ministro do governo golpista da Justiça de Michel Temer, Osmar Serraglio (PMDB-PR), traz no currículo o posto de membro fiel da tropa de choque do ex-deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato.

Deputado federal pelo Paraná, Serraglio foi anunciado por Temer nesta sexta-feira (24) para ocupar a pasta deixada por Alexandre de Moraes, que assume vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Sua escolha foi um aceno do Planalto para atender demanda da bancada do PMDB da Câmara, que pleiteava mais espaço no governo.

Em 2016 o peemedebista presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara durante o processo que levou à cassação de Cunha. Na época, Serraglio chegou a defender anistia para Eduardo Cunha. Para ele, a perda de mandato seria uma punição “muito severa”.

“Eduardo Cunha exerceu um papel fundamental para aprovarmos o impeachment da presidente. Merece ser anistiado”, disse o parlamentar paranaense na época.

O deputado também foi relator da CPI dos Correios, em 2006, que precipitou a investigação da Ação Penal nº 470, o chamado “mensalão”.

A escolha do golpista Temer foi duramente criticada por petistas, internautas e outras personalidades.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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