SUS: Lula recebe produtores de filme sobre ação de profissionais na pandemia
Documentário “Quando Falta o Ar” retrata a batalha dos profissionais de saúde durante a maior crise de saúde do século. O filme entra em circuito nacional nesta quinta-feira, 9
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O documentário “Quando Falta o Ar”, que narra a batalha dos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) durante a pandemia de Covid-19, foi apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra da Saúde, Nísia Trindade, na quarta-feira (8).
O filme, codirigido pelas irmãs Ana e Helena Petta, entra em circuito nacional nesta quinta-feira (9). A película foi a grande vencedora do conceituado festival É Tudo Verdade, em 2022.
Durante o encontro com a equipe que produziu o documentário, Lula, a ministra Nísia e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, sinalizaram que o governo federal poderá apoiar exibições abertas em espaços educativos e de saúde.
No Dia Internacional das Mulheres, 8 de Março, o presidente ouviu as protagonistas do filme, mulheres médicas e agentes comunitárias que trabalham no SUS em diferentes regiões do país. Elas contaram os desafios enfrentados durante a pandemia, a batalha nos cuidados intensivos e no atendimento primário.
Janja Lula da Silva, presente no encontro desta quarta e na estreia no documentário, destacou que considerou muito importante o trecho do filme que alcança os presídios e mostra como foi realizado esse atendimento às pessoas encarceradas.
O documentário também narra o trabalho das médicas que atuam em presídios e que não interromperam o trabalho durante a crise da Covid-19.
“Colegas de trabalho surtaram”
As profissionais da saúde do SUS expuseram as condições às quais foram submetidos os pacientes na pandemia.
“Tinha gente que tomava o kit cloroquina uma vez por semana, por cinco semanas. A gente perdeu amigos, mães, colegas de trabalho surtaram”, relatou Conceição Celestino, agente comunitária há 30 anos, que atua no Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife, região periférica da cidade.
A indígena Eli Baniwa, que obteve o diploma de médica aos 35 anos, na Universidade Federal do Pará, após ser alcançada por programas sociais como o Bolsa Permanência, relatou durante o encontro que chegou a passar seis horas atendendo sozinha dentro do posto de saúde.
“Eu vi colegas meus, médicos jovens, se recusando a ir para a frente de batalha, então sinto orgulho de estar nesse filme”.
A codiretora do “Quando Falta o Ar”, Ana Petta, destacou a relevância do documentário como registro histórico e uma forma de homenagear as mulheres enfrentaram o negacionismo de Bolsonaro e a maior crise de saúde do século no mundo.
“É histórico a gente estar hoje aqui, com vocês, presidente, fazendo uma espécie de reparação”.
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MAIS MÉDICOS – O programa Mais Médicos, criado em 2013, durante o Governo Dilma, também foi pauta do encontro, embora não seja foco do filme. Para a médica Rafaela Pacheco, o programa mudou o interior do Brasil. “Eu já atendi pessoas que aos sessenta anos estavam em sua primeira consulta, então poucas vezes na minha vida senti tanto orgulho de ser brasileira como quando passei na porteira da casa de Dona Lindu, em Caetés, acompanhando colegas médicas cubanas, e pude mostrar a elas que aquela era a casa da sua mãe, presidente”.
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Da Redação, com informações do Palácio do Planalto