Índice que mede custo de vida tem retração de quase 94% em agosto

Transporte e alimentação registram maior desaceleração, enquanto saúde e educação, principais altas

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese) revela, em seu boletim mensal, uma forte desaceleração no custo de vida em São Paulo, no mês de agosto, conforme informação divulgada na terça-feira (8).

De 0,95% no mês de julho, o Índice de Custo de Vida (ICV) caiu para quase zero em agosto – exatos 0,06%, uma queda de 93,7% de um mês para o outro. A brusca redução interrompe uma série de meses de progressiva ascenção do indicador: em maio o ICV foi 0,57%, e, em junho, de 0,81%.

Itens transporte (-0,11) e alimentação (-0,47%) foram os maiores responsáveis pela retração no indicador, apesar da alta em itens como saúde (1,18%) e educação e leitura (0,25%).

A queda no custo com transportes é resultado da retração no preço do combustível – em especial do álcool/etanol –, em 0,56%, que faz parte do grupo “transporte individual” (-0,2%). O grupo “transporte coletivo” registrou alta de 0,07%, por causa do reajuste de 0,77% do ônibus interestadual. Já a baixa na alimentação foi puxada pelo subgrupo produtos in natura e semielaborados, que caíram 1,38%.

O grupo Saúde foi afetado por encarecimento da assistência médica em 1,44%, seguros e convênios (1,51%) e consultas médicas (1,26%). Na área de educação, o aumento nos cursos pré-vestibulares em 2,74% e universitários (0,57%) impactaram em 0,29% o segmento “cursos formais”.

Os produtos in natura que registraram maiores quedas de preço foram a batata (queda de 14,83%), cebola (-5,88%), beterraba (-4,80%), cenoura (-4,24%), mandioca (-3,04%), grãos (-1,44%), hortaliças (-3,25%), frutas (-3,35%) e legumes (-5,83%). Leite, aves, ovos e carnes apresentaram altas.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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