Roteiro golpista no Congresso ‘não prospera’, diz Paulo Pimenta
O deputado federal acredita se tratar de um “grupo pequeno” que agora “se aventura” nessa estratégia golpista, mas que tende a ficar isolado
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O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou, em entrevista ao “Jornal do Brasil”, publicada no domingo (20), que o movimento para instaurar um processo de impeachment na Câmara dos Deputados não irá muito longe. “Essa proposta não prospera”, disse.
Para o parlamentar, trata-se de um movimento de um “grupo pequeno” que não aceitou o resultado da eleição e que “agora se aventura nessa estratégia golpista”. “E eu acredito que este grupo tende a ficar isolado”, completou.
“Uma coisa é você ter críticas ao governo, outra coisa é você rasgar a Constituição e aderir a uma tentativa de golpe. Então, eles só terão dentro de parcelas de movimentos que eventualmente tenham restrições e críticas ao governo um apoio, uma solidariedade, para uma aventura como essa”, ponderou.
Ainda sobre o movimento pró-golpe no Congresso, Pimenta disse achar estranho que o pedido de impeachment tenha sido apresentado pelo Democratas. O deputado disse que a ação é “reveladora”.
“O Democratas, na verdade, é o antigo PFL, que é um filho legítimo da Arena, o partido de sustentação do golpe militar. O próprio Mendonça Filho foi o autor da emenda da reeleição do Fernando Henrique”, lembrou.
Para o petista, falta, por parte da oposição, argumento sólido para justificar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “São realmente esforços que são desenvolvidos para justificar o injustificável, tentar pleitear algo democraticamente conquistado na urna”, disse.
Ajustes – O deputado reafirmou o compromisso do PT e da base aliada em aprovar, mesmo que com alterações, o pacote de ajustes proposto pelo governo para reequilibrar as contas públicas. Segundo ele, há na Câmara “uma unidade muito grande em apoio ao ajuste”.
“É natural querer melhorar as propostas, mas isso não invalida o apoio geral ao projeto, a qualidade do ajuste, compreendido como uma travessia do momento macroeconômico que nós estamos atravessando”, disse.
Da Redação da Agência PT de Notícias