Haddad muda rotina de SP: Avenida Paulista agora é do povo

Em vez de congestionamentos intermináveis, pedestres, bicicletas, skates, famílias e até mães com bebês, em defesa da amamentação em público

São Paulo, 28/06/2015 - Inauguração da ciclovia da Av. Paulista. Foto: André Tambucci / Fotos Públicas

A rotina de São Paulo foi alterada nesse domingo (18), com o fechamento da Avenida Paulista aos automóveis e implantação do sistema que faz do mais conhecido logradouro da capital, ponto de lazer e entretenimento para a população.

A medida do prefeito Fernando Haddad (PT-SP), que vale a partir de agora para domingos e feriados, põe em prática a máxima do poeta baiano Castro Alves, que, no século 19, enunciava que “a praça (Castro Alves, centro de Salvador) é do povo”. A Avenida Paulista também.

No final de semana, a Paulista foi invadida por crianças, mães, famílias, ciclistas, caminhantes, pedestres, skatistas e pessoas sem alternativa de lazer na folga, entre as 8h e 17h, no primeiro dia de aplicação da medida.

Presente ao local de bicicleta, o secretário de Transportes, Jilmar Tato, anunciou que a ideia da prefeitura é ampliar o projeto e fechar ao trânsito, progressivamente, pelo menos uma avenida em cada uma das 32 subprefeituras da cidade de 12 milhões de habitantes.

Tatto aproveitou para dizer que foi disponibilizado um número de telefone (1188) para que os moradores possam se manifestar e permitir o aprimoramento da medida.

O dia de abertura oficial do esquema foi de adaptação de motoristas, especialmente os que buscavam o hospital Santa Catarina, ao lado da avenida.

Uma faixa da avenida, sinalizada com cones e orientação de agente de trânsito da Companhia de Engenharia de Trânsito (CET), foi especialmente isolada e destinada ao público que procurava atendimento na unidade hospitalar, dando vazão aos motoristas que conduziam pacientes ao pronto-socorro.

A ausência de carros permitiu a um grupo de mães sentarem-se em círculo no meio da avenida, onde promoveram um “mamaço” em defesa do livre direito à amamentação dos seus bebês em público.

O fechamento da avenida também deu oportunidade a simpatizantes da causa palestina, integrantes da Frente em Defesa do Povo Palestino, a promover um ato em favor do país localizado no oriente-médio. Representantes dos movimentos populares “Minha Sampa”, “Paulista aberta” e “SampaPé” também estiveram na avenida, em apoio ao fechamento.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias, com informações do portal “G1”

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