Argentina recebe segundo lote da Sputnik V. No Brasil, governo da BA recorre ao STF por liberação

Governo de Alberto Fernández recebeu, no sábado (16), cerca de 300 mil novas doses do imunizante russo, cuja eficácia é de mais de 90%. Mais de 107,5 mil profissionais de saúde já foram vacinados, tornando a Argentina o país que mais imunizou na América Latina. Governador da Bahia Rui Costa recorre ao STF para garantir a aquisição de 50 milhões de doses ao Consórcio de governadores do Nordeste. Maduro critica “guerra geopolítica” por vacinas e concentração nos países ricos

A Argentina recebeu, no sábado (16), o segundo carregamento de doses da vacina russa Sputnik. Foram entregues mais 300 mil doses do imunizante. A rapidez do governo do presidente Alberto Fernández em iniciar as vacinações, em dezembro, coloca a Argentina como o país que fez mais imunizações contra a Covid-19 na América Latina. Até o momento, mais de 107,5 mil profissionais de saúde já foram vacinados, segundo dados do governo. No Brasil, o Consórcio de governadores do Nordeste luta para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) libere o uso emergencial da vacina para a aquisição de 50 milhões de doses.

No fim de semana, o governador da Bahia Rui Costa recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a importação do imunizante. Diante da recusa da agência em aceitar a documentação encaminhada pelo laboratório União Química por, no entendimento do órgão, não atender critérios mínimos para aprovação, Costa ingressou com um pedido de liminar para garantir o registro.

”Lamentavelmente a Anvisa persiste na postura inflexível diante da calamidade pública que o Brasil enfrenta, o que a enfraquece e diminui”, afirmou o secretário de Saúde da Bahia Fábio Vilas-Boas, em depoimento à ‘Folha de S. Paulo’.  “Esperamos que os tribunais superiores do país possam estar mais conectados com a realidade e dar uma resposta urgente à nossa sociedade”, disse o secretário.

Enquanto isso, Bolívia, Venezuela e Paraguai já articularam a aquisição de doses do imunizante russo. A Venezuela fechou acordo ainda em dezembro para a compra de 10 milhões de doses. O registro oficial para uso emergencial foi concluído na semana passada. O Paraguai também fez o registro no dia 15, segundo o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF).

Já na Bolívia, o Centro de Abastecimento de Saúde (CEASS) fechou um acordo com o RDIF para a compra de 5,2 milhões de doses da Sputnik V. As doses irão garantir a imunização de 2,6 milhões de pessoas. Pelo menos 20% da população da Bolívia terá acesso à vacina, de acordo com os termos do acordo.

Maduro denuncia “guerra geopolítica” por vacinas

O presidente da Venezuela Nicolás Maduro fez duras críticas ao que considerou “uma guerra geopolítica por vacinas”, resultando na concentração de imunizastes por países ricos e o desabastecimento na América Latina. “A OMS disse que 95% das vacinas, neste momento, caíram nas mãos de dez países, o que significa que há 190 países no mundo que não tiveram o direito de ter as vacinas”, disse Maduro, nesta segunda-feira (18), pelo canal de televisão Venezolana de Televisión.

O presidente venezuelano defende a criação de um banco de vacinas, por meio da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) para garantir distribuição equitativa de imunizantes e insumos na América Latina. “Estamos fazendo um banco de vacinas da ALBA, me disse a vice-presidente executiva [Delcy Rodríguez], que estava em Cuba em visita oficial”, declarou Maduro. “Ela estava levando uma proposta para criar um banco de vacinas, a fim de atender às necessidades de vacinas de todos os países da ALBA e outros países da América Latina e do Caribe que podemos ajudar”.

Da Redação, com informações de ‘Folha de S. Paulo’, ‘Brasil de Fato’ e ‘Sputnik News’

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