Atos por emprego, contra a carestia e a fome movimentam São Paulo dia 21

Em novembro passado, a favela de Heliópolis realizou ato com mais de mil pessoas. Desta vez, as manifestações ocorrerão em vários pontos da capital paulista

Elineudo Meira/PT-SP

O aumento do preço dos alimentos, do aluguel, do botijão de gás e das tarifas de energia tem penalizado as camadas mais empobrecidas da população

Uma série de atos denunciarão a grave crise de desemprego, a falta de renda, a carestia e a fome, que afeta milhares de famílias, principalmente os moradores da periferia. Em formato de marchas e próximos de supermercados, o movimento ocorrerá em bairros da periferia e na região central da Cidade de São Paulo, nesta terça-feira (21).

A iniciativa poderá representar a retomada do movimento contra a carestia, que ocorreu no final dos anos 70 e início dos anos 80, quando eclodiu no país o desemprego, a carestia decorrente da alta da inflação e a fome. Hoje a situação é mais grave que naquela época. No dia 24 de novembro deste ano a favela Heliópolis realizou uma Marcha da Panela Vazia, com mais de mil pessoas. Agora, os atos acontecerão em vários pontos da cidade.

O aumento do preço dos alimentos, do aluguel, do botijão de gás e das tarifas de energia tem penalizado as camadas mais empobrecidas da população. O desemprego atinge 13,5 milhões de trabalhadores e hoje 20 milhões de pessoas passam fome no Brasil.

Os participantes dos atos levarão panelas, ossos, faixas e cartazes para chamar a atenção a respeito das crises social e econômica que assolam milhões de pessoas. Ao final de cada marcha será lida uma carta aberta à população que denuncia e alerta para a profunda desigualdade social no país.

Para Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP) e um dos articuladores do movimento, “o drama do desemprego e da fome é de tal magnitude que não bastam palavras de ordem, do tipo Natal sem fome, pois milhões de pessoas passarão fome neste Natal. Por isso, faremos as marchas por emprego, contra a carestia e a fome. Mostraremos que há comida nos supermercados, mas o que falta é emprego e dinheiro para comprá-la”, afirma Bonfim

Mais informações:

Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP – (11) 9 7223-8171
Silene Santos, assessora de imprensa da CMP – (11) 9 7683-2499

Central de Movimentos Populares

 

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