‘Bolha respiratória’ destaca São Leopoldo na luta contra Covid-19
Nova técnica é aplicada no Hospital Centenário da cidade gaúcha, administrada pela quarta vez pelo petista Ary Vanazzi. Paciente que usou a bolha por quatro dias recebeu alta nesta segunda (19)
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São Leopoldo, cidade de 238 mil habitantes localizada na região Metropolitana de Porto Alegre, tem sido destaque em nível nacional e internacional por medidas responsáveis, inovadoras e firmes no combate à pandemia de Covid-19. A cidade apresenta resultados positivos no combate à pandemia desde o ano passado, nos terrenos sanitário e econômico.
Administrada pela quarta vez pelo prefeito petista Ary Vanazzi, que também é presidente da Associação Brasileira de Municípios ((ABM), a cidade já decretou lockdown de quatro dias, determinou regras bem mais rígidas de isolamento social e fez investimentos na rede básica de saúde e no Hospital Centenário, o único da cidade e que atende 100% SUS.
A mais recente notícia com relação ao enfrentamento da doença é uma nova tecnologia chamada de Bolha de Respiração Individual Controlada, a BRIC, que está sendo aplicada no HC.
A BRIC já foi notícia em grandes veículos da imprensa nacional, como os jornais O Globo e Folha de São Paulo, e também na mídia internacional, tendo sido citada pelo New York Times e foi matéria no Hellas Journal, de Moscou.
A bolha impermeável, transparente, vedada e inflável tem conexões respiratórias que permitem a oxigenação pulmonar reduzindo o esforço do paciente e sem a necessidade de sedação. “Isso faz com que reduza a necessidade de intubação, proporciona maior conforto respiratório do doente e com certeza vai nos ajudar a salvar mais vidas”, diz o prefeito Vanazzi.
A nova técnica tem alcançado resultados bastante satisfatórios. Nesta segunda-feira (19), o paciente Joezer Brasil de Souza, de 33 anos, que usou por 4 dias a bolha respiratória recebeu alta da equipe médica do Centenário.
Planejamento e ação conjunta com a sociedade
O Hospital Centenário, além de apostar em tecnologia, também ampliou a capacidade de atendimento, tanto em leitos clínicos como de UTI, inclusive bancados com recursos próprios da Prefeitura e – mesmo com todo o colapso na rede de saúde nacional – conseguiu atender pacientes da cidade e de outras da região. Mesmo sendo o hospital que recebe o menor aporte de recursos do governo estadual, pouco mais de R$ 750 mil mensais.
“Nós temos o menor índice de letalidade por 100 mil habitantes na região, já vacinamos 13% da população e aplicamos 91% das doses recebidas até agora”, destaca Vanazzi. “Além dos investimentos na área covid, contamos com a assessoria do Hospital Sírio Libanês para a qualificação da Emergência do hospital e também parceria com a Faculdade de Medicina da Unisinos, tanto no Centenário como na rede básica de saúde”, completa o prefeito.
Aliada aos cuidados com a saúde, a condução da economia e das regras sanitárias para a população em São Leopoldo são decididas no Comitê de Atenção à Covid, formado pelo governo municipal e sociedade civil. “Buscamos a parceria e o comprometimento da população e suas lideranças. Democracia também é fundamental“, reforça Vanazzi.
Da Redação, com assessoria da PMSL