Bolsonaro corta 60% do orçamento federal para tratamento de câncer

Governo retira até 61% do orçamento para comprar equipamentos e reformar maternidades e hospitais de oncologia

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Bolsonaro corta recursos contra câncer para alimentar orçamento secreto. Foto: Site do PT

A crueldade de Bolsonaro com a saúde do povo brasileiro não tem limites. Insistente nos retrocessos e desmontes, Bolsonaro cortou verba para tratamento contra o câncer.  A perda de até 61% do orçamento vai impedir a compra de equipamentos, medicamentos e reformas de maternidades e hospitais de oncologia.

A verba para 2023 foi reduzida em 45%, passando de R$ 175 milhões para R$ 97 milhões. Bolsonaro ainda retirou 59% das verbas previstas para programa de medicamentos, que atende mais de 21 milhões de brasileiros e brasileiras.

Com mais esse ataque à saúde do povo brasileiro, o Ministério da Saúde deixará de repassar dinheiro a governos estaduais, prefeituras e entidades sem fins lucrativos para implementar, aparelhar e expandir os serviços de saúde hospitalares e ambulatoriais.

A redução na reserva de dinheiro público para incrementar a estrutura de hospitais e ambulatórios especializados fazem parte de redes focadas em gestantes e bebês, na Rede Cegonha; em dependentes de drogas e portadores de transtornos mentais, Rede de Atenção Psicossocial – Raps; e na Rede de Cuidados a Pessoas com Deficiência, voltado para reabilitação.

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Desmonte geral na Saúde

 O impacto dos desmontes de Bolsonaro também alcança a Rede de Atenção a Pessoas com Deficiência, com o corte de 56% no orçamento, passando de R$ 133 milhões para R$ 58 milhões.

A Rede Cegonha e a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) tiveram redução de 61%, com perdas, respectivamente, de R$ 44 milhões para R$ 17 milhões e de R$ 18 milhões para R$ 7 milhões. As despesas diversas caíram de R$ 150 milhões para R$ 23 milhões.

O acesso a médicos em áreas remotas da Amazônia também foi prejudicado. Os atendimentos e consultas feitos por militares do Exército e da Marinha a ribeirinhos e moradores de regiões de fronteira ou difícil acesso serão limitados, por causa da queda orçamentária.

Além disso, o repasse do Fundo Nacional de Saúde aos comandos militares cairá para R$ 8,1 milhões, ante os R$ 21 milhões transferidos atualmente.

A saúde indígena também será afetada com as maiores perdas nas ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde nas tribos e saneamento básico em aldeias. De um total de R$ 1,64 bilhão atualmente, a saúde indígena terá em 2023 somente R$ 664 milhões.

O Brasil Sorridente, programa com foco na saúde bucal, também perdeu 61% das verbas destinadas a compra de equipamentos odontológicos, reforma e construção de centros de especialidades e laboratórios de próteses dentárias. Antes com R$ 27 milhões, o programa agora terá R$ 10,5 milhões.

“No Brasil pós-pandemia, mais uma vez perde a população e os investimentos estratégicos para estruturar a rede, que serão reduzidos em prol de gastos de baixa qualidade, que atendem muitas vezes interesses particulares em detrimento da alocação a partir da gestão tripartite do SUS (Sistema Único de Saúde)”, diz o economista Carlos Ocké, doutor em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro, em entrevista ao jornal Estadão.

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Da Redação, com informações do Estadão

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