Campanha nacional contra juros abusivos do BC de Bolsonaro começa nesta sexta

CUT e centrais sindicais convocam o povo brasileiro para iniciar jornada em todas as regiões do país; Confira

CUT/Site do PT

Campanha nacional contra juros abusivos do Banco Central começa nesta sexta, 16. Foto: CUT/Site do PT

A luta pela redução das taxas de juros do Banco Central (BC) de Bolsonaro e pelo crescimento econômico do país é foco para o povo brasileiro, cansado de colher maus frutos da herança do governo bolsonarista.

Nesta sexta-feira, 16, tem início a jornada nacional de combate aos juros extorsivos do BC. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), centrais sindicais e movimentos populares vão protestar pela redução da taxa Selic, que hoje é a mais alta do mundo (13,75%).

A jornada nacional contra os juros altos e a política do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, inclui caminhadas, panfletagem, assembleias com os trabalhadores e trabalhadoras, tuitaços, atos de rua, colagem de cartazes, plenárias e reuniões em todo Brasil .

Nos dias 20 e 21, serão realizadas manifestações em cidades onde há sedes do BC e atos de rua em lugares de grande circulação de pessoas nas cidades onde não houver sede do BC. Em são Paulo, o ato será às 10h, na Avenida Paulista, n° 1.804 (prédio do BC).

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Centrais Sindicais

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirma que o Brasil não suporta mais a taxa abusiva de juros imposta “por um presidente do Banco Central que boicota um governo democrático por ser um bolsonarista de carteirinha”.

“Campos Neto e suas taxas exorbitantes estão indo na contramão do mundo ao manter um índice que beira os 14%. Os  juros impactam a vida de toda a população, poupando apenas os poucos que lucram com o rentismo”, critica.

“Com esses juros, o povo não consegue comprar uma casa, uma geladeira porque ao final das prestações, paga 2 casas, 2 geladeiras por causa dos altos juros. Por isso, estamos em campanha permanente contra a taxa de juros desde 1º de maio e iniciamos nesta sexta-feira, 16, uma jornada nacional, que terá ações em todo o país com os nossos sindicatos de base e os movimentos populares explicando ao povo, nas ruas e redes sociais, porque os juros altos corroem a vida dos brasileiros e emperram o crescimento sustentável do país. Não vamos parar até os juros baixarem”.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, convoca a sociedade para participar dos protestos e ressalta que a redução dos juros é importante para o desenvolvimento e o crescimento do Brasil. Torres defende uma redução imediata da taxa de juros, além da implementação de uma política que priorize a retomada do investimento, o crescimento da economia e a geração de emprego.

“É importante participar de atos unitários, em fábricas, empresas, ruas, bandeiras, coletes, ossos e faixas como forma de protestar contra as altas taxas de juros”.

Moisés Selerges, presidente dos Metalúrgicos do ABC, também reforça a importância da participação de todos os brasileiros e brasileiras nos atos.

“Essa taxa de juros altíssima impede o crescimento econômico do país e, consequentemente, a geração de empregos. Temos que ir para as ruas fazer a nossa manifestação e dividir a nossa insatisfação, que acredito ser não só dos Metalúrgicos do ABC, mas de toda a sociedade brasileira”.

O secretário-geral Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Ronaldo Leite, reforça que a taxa de juros abusiva praticada pelo BC inviabiliza qualquer projeto de desenvolvimento, com geração de empregos e valorização do trabalho. “Campos Neto tem agido contra o Brasil. É urgente reduzir os juros no país, que praticam as taxas mais elevadas do mundo e por isso convocamos todos os trabalhadores às ruas em 20 de junho, quando realizamos atos em frente ao Banco Central em todo o país”.

Para o secretário de Imprensa e Comunicação da CTB, Anderson Guahy, o país precisa de mudanças para voltar a crescer e que é fundamental a união da classe trabalhadora para ir às ruas e protestar contra os altos juros .

“Essa é uma das principais lutas a serem travadas no Brasil, é fundamental uma mudança de rumos para o país crescer e se desenvolver. Não é possível aceitarmos que, diante da dificuldade que passa a população, o Brasil siga correspondendo a uma das maiores taxas de juros do mundo. Por isso, toda a classe trabalhadora deve se unir e ir para as ruas, contra os altos juros”.

Assista a série Banco Central de Bolsonaro: o sabotador da economia

Presidente do PT convoca o povo

A deputada federal e presidente do PT Nacional, Gleisi Hoffman (PT/PR), convoca a sociedade brasileira para participar dos protestos em todo o país. Ela reforçou a necessidade de um movimento amplo e de soma com o presidente Lula para mudar a situação do povo brasileiro, que sofre com o crescimento das dívidas.

Programação da jornada

A campanha nacional será lançada no dia 16 em São Bernardo do Campo, em uma manifestação organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC). A partir das 8h, haverá uma caminhada pelas ruas da cidade para manifestar o descontentamento e exigir a redução dos juros do BC.

No dia 19, será feito um tuitaço nacional para denunciar a política do BC, com engajamento das entidades sindicais filiadas à CUT, além de uma intensa mobilização pelas Brigadas Digitais da CUT, Comitês de Luta e organizações populares para ocupar as redes sociais.

De acordo com a CUT, outros atos estão sendo organizados em vários locais do país também para o dia 20, data em que começa a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) com definição no dia 21 de qual será a nova taxa praticada no país . O BC mantém a porcentagem em 13,75% desde agosto do ano passado.

Ouça o SPOT sobre a campanha contra os juros abusivos do Banco Central:

Da Redação , com informações da CUT

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