Cidades de 18 estados suspendem vacinação por falta de doses

Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde prevê que escassez de imunizantes pode durar até julho

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A Coronavac, a mesma vacina que foi ignorada pelo menos seis vezes por Jair Bolsonaro, a partir de julho de 2020, responde por 76% das imunizações em todo o país

A imunização no Brasil ganha contornos dramáticos à medida em que aumentam as incertezas quanto ao abastecimento de vacinas contra a Covid-19 para as redes de saúde. Nesta semana, dezenas de cidades suspenderam a aplicação da segunda dose da Coronavac em pelo menos 18 estados. Técnicos do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde Conasems avaliam que a situação pode durar até julho.

Aracaju, Campo Grande, Florianópolis, Macapá, Maceió, Natal, Porto Alegre e Porto Velho estão entre as capitais onde as secretarias de Saúde anunciaram a falta de vacinas.

A Coronavac, a mesma vacina que foi ignorada pelo menos seis vezes por Jair Bolsonaro, a partir de julho de 2020, responde por 76% das imunizações em todo o país, de acordo com informações do Ministério da Saúde. “Esperamos que semana que vem sejam distribuídas doses para que haja regularização nacional dessa 2ª dose”, afirmou o ministro Marcelo Queiroga, na quarta-feira (28).

Especialistas e autoridades de saúde discordam da expectativa do ministro.  O secretário Executivo do Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), Mauro Junqueira, avalia que  a escassez e interrupção das imunizações deve durar pelo menos até julho, indicando dois meses difíceis pela frente. 

“Acreditamos que, a partir de julho, a gente já comece a ter uma regularidade com todos os laboratórios fazendo entregas”, declarou Junqueira à CNN, no início desta semana. “E, aí sim, vamos ter um número muito maior de doses disponibilizadas para avançar, rapidamente, com a vacina”, ressaltou.

Filas

O secretário frisou ainda que os municípios têm sido rápidos na distribuição e aplicação das vacinas para a população. O problema mesmo é a falta de doses“Nós temos poucas vacinas sendo entregues. A vacina chega, imediatamente formam-se grandes filas, e a vacina acaba”, explicou Junqueira.

Outro problema apontado pelo secretário é  a dependência de países como a Índia para a importação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), fundamental para a produção da vacina. “Agora, com este cenário se agravando na Índia, nossa preocupação aumenta ainda mais, porque obviamente a Índia vai segurar todo o IFA e produção para a sua população local”, observou.

Da Redação, com informações de G1 e CNN

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