Com 120 dias de atraso, TSE agenda reunião sobre fake news

Conselho ligado ao Tribunal Superior Eleitoral fará balanço das ações tomadas durante o processo eleitoral contra a produção de notícias falsas

José Cruz/Agência Brasil

Mesmo diante da verdadeira indústria de fake news atuando despudoradamente durante toda a campanha eleitoral, a imensa maioria propagada pelos adversários de Fernando Haddad, o Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições ligado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) só agora decidiu agendar um novo encontro, marcado somente para depois do primeiro turno, colocando fim a 120 dias de atraso.

Além do TSE, o conselho conta com representantes do Ministério Público Eleitoral (MPE), do governo federal, do Congresso Nacional e da sociedade civil. A ideia da próxima reunião, que será na quarta-feira (10), é fazer um balanço das ações tomadas durante o primeiro turno contra a disseminação das notícias falsas.

Esta será a oitava reunião e o primeira desde que a ministra Rosa Weber assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em agosto. A última reunião tinha ocorrido em 6 de junho, ainda durante a pré-campanha.  O Conselho foi criado em dezembro do ano passado, mas a proposta não engrenou.

A criação do Conselho não impediu a proliferação das notícias falsas na internet. A justificativa é que se trata de um trabalho difícil analisar as solicitações feitas porque qualquer passo em falso pode levar ao cerceamento da liberdade de expressão.

Combate aos ataques

A campanha do presidenciável Fernando Haddad (PT) já recebeu mais de 15 mil denúncias de notícias falsas enviadas pela população. Em entrevista coletiva em São Paulo nesta quarta-feira (3), o candidato denunciou ataques “vulgares” e de baixo nível contra ele.

A campanha criou um site e disponibilizou o número (11) 9 9322-3275 para acolher denúncias via WhatsApp.

Nos últimos dias, memes e notícias falsas vêm sendo intensamente distribuídas sobretudo por meio dessa rede social. São mensagens disparadas principalmente por apoiadores do candidato da extrema direita e do PSL Jair Bolsonaro (PSL) contra a família de Haddad, sua atuação como prefeito de São Paulo e como ex-ministro da Educação, contra o ex-presidente Luiz Inácio  Lula da Silva, sua legenda e sua candidata a vice, Manuela D’Ávila (PCdoB).

Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do jornal O Globo

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