Como um ‘Trump de quintal’, Bolsonaro ameaça com “convulsão”

Apelando para a fake news de “fraude eleitoral”, acuado por ter de responder por 500 mil mortes, e em queda de popularidade, Bolsonaro volta a sinalizar com um “novo Capitólio”

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Bolsonaro volta a ameaçar a democracia

Acuado frente a responsabilidade pela morte 500 mil vítimas de sua criminosa politica de “imunidade de rebanho”, e perdendo popularidade, o presidente Jair Bolsonaro voltou a ameaçar a sociedade, a democracia e a oposição com “convulsão social”. Em sua live nesta quinta-feira, 17, repetiu o que vem falando em eventos bolsonaristas que pedem a “intervenção militar”. Agindo como um “Trump de quintal”, sinaliza repetir a tentativa de golpe do ex-presidente norte-americano.

Na manifestação, alegou que caso não seja instituído o voto auditável no próximo ano, um dos lados poderia não aceitar os resultados da apuração e “criar uma convulsão no Brasil”. “Vai ter sim (voto impresso). Vamos respeitar o Parlamento. Caso contrário, teremos dúvidas nas eleições e podemos ter um problema seríssimo no Brasil“, sugerindo um “novo Capitólio”.

Bolsonaro alega a existência de fraude em eleições anteriores, em defesa de sua “tese”. No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral concluiu, em 2015, que não houve qualquer fraude na disputa entre Aécio Neves e Dilma Rousseff para a presidência da República. Em relação a 2018, Bolsonaro jamais apresentou provas de irregularidades na votação.

Nesta sexta-feira, o presidente do Supremo Tribunal Militar (STM), general Luis Carlos Gomes Mattos. fez coro a Bolsonaro. Em entrevista à revista Veja, o general tentou responsabilizar a oposição pelo caos no país e disse que Bolsonaro não é uma ameaça à democracia. “Quem está contra logicamente vai esticar essa corda, como se diz, até que ela arrebente”, afirmou o general.

Em sua cruzada eleitoral, Bolsonaro também voltou a atacar os governadores  em evento em Santarém, nesta sexta-feira, 18. Na manifestação, acusou chefes dos governos estaduais de “ditadores” pela adoção de medidas para evitar a disseminação do coronavírus. Aliado ao inimigo, voltou a criticar medidas de isolamento social, reafirmando a política de “imunidade de rebanho” adotada pelo seu governo, que levou meio milhão de brasileiros à morte.

Da Redação

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