Covid-19: Seis em cada dez mortos e internados não tomaram terceira dose

Entre março e junho deste ano, mais de 7 mil pessoas morreram por Covid-19. De acordo com a plataforma, entre os óbitos, 67% das pessoas não haviam tomada a terceira dose

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Covid-19: Seis em cada dez mortos e internados não tomaram terceira dose da vacina

Entre os recordistas no número de mortes por Covid-19 no mundo, o Brasil segue o rumo traçado por Bolsonaro de continuar perdendo vidas por falta de vacinação.

Segundo dados da plataforma de monitoramento da pandemia Info Tracker, ligada à Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp), seis em cada dez mortes e internados não tomaram a terceira dose da vacina contra a Covid entre maio e junho deste ano.

Resultados de uma política genocida, que ceifou mais de 670 mil brasileiros e brasileiros, os números apontam que em três de cada dez óbitos a dose de reforço foi tomada ainda em 2021.

O estudo, realizado a pedido do UOL, também indica que entre março e 20 de junho, pelo menos 30 mil pessoas precisaram ser internadas por causa da infecção pelo novo Coronavírus.

Desse total, 19,5 mil pessoas, ou 65% dos casos, não haviam tomado a terceira dose. Outros 34,7% foram internados mesmo após a terceira dose, mas a maioria das doses de reforço havia sido aplicada ainda em 2021, o que significa que a proteção contra o vírus era menor.

Portanto, 90,7% dos internados não tinham a dose de reforço ou a tomaram no ano passado. De todos os internados, apenas 9,3% (2.278) tomaram a terceira dose em 2022.

Mais de sete mil morreram entre março e junho

Entre março e junho deste ano, mais de 7 mil pessoas morreram por Covid-19. De acordo com a plataforma, entre os óbitos, 67% das pessoas não haviam tomada a terceira dose.

Aproximadamente 32% dos que morreram haviam sido imunizados com a terceira dose, sendo que deste grupo apenas 5,9% tomaram a terceira dose este ano. Ou seja, 94% dos óbitos não tinham a dose de reforço ou a tomaram no ano passado.

Aumento de casos

Desde janeiro, a variante Ômicron fez disparar o número de infecções e óbitos pela doença no Brasil.

O número de exames realizados em laboratórios subiu na semana encerrada em 24 de junho, atingindo 177 mil testes contra 162 mil na semana anterior, conforme o estudo.

“A taxa de positividade também continua subindo e chegou a 44,65%”, diz nota da Associação Brasileira de Medicina Diagnostica, que representa 65% dos laboratórios de diagnóstico do país. “Foram 79 mil positivos na semana, um aumento de 13% em relação ao número da semana encerrada no dia 17 de junho.”

Necessidade de campanhas

Para um dos coordenadores da Info Tracker, Wallace Casaca, o relaxamento dos governantes nos estados e municípios contribuiu para a queda de proteção contra o vírus, causando disparo novamente na transmissão da Covid-19.

“É por conta do decaimento da proteção que os governos estão implementando a quarta dose, que é para reatualizar o esquema vacinal para readquirir a proteção máxima conferida pelas primeiras doses da vacina e por meio natural, pela infecção”.

Segundo o Consórcio de Veículos de Imprensa, 94,8 milhões de brasileiros receberam a terceira dose, apenas 47% da população com 5 anos ou mais, enquanto esse nível chega a 83,6% entre os que tomaram as duas primeiras.

Testes vencidos

Além da falta de incentivo de Bolsonaro e consequentemente dos governos estaduais e municipais bolsonaristas, 1,1 milhão de testes contra a Covid-19 foram encontrados vencidos.

 Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU) houve falhas na gestão de insumos estratégicos no Ministério da Saúde. Os testes vencidos eram do tipo RT-PCR. A informação está no relatório de avaliação da gestão na pasta em 2021, concluído pela CGU no dia 17 de maio.

Da Redação, com informações do UOL e Folha de S. Paulo

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