Demarcação de terra indígena é prioridade do governo, reafirma Sonia Guajajara

Em seminário na Câmara dos Deputados, nesta quinta (25), ministra dos Povos Indígenas reforçou políticas voltadas aos povos originários, apontando homologações recentes realizadas pelo governo

Gabriel Paiva

Seminário reforça importância da demarcação de terras indígenas

A Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados promoveu o 2° Seminário sobre Direitos dos Povos Indígenas: desafios, garantias e perspectivas, nesta quinta-feira (25). Durante o evento, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, reafirmou que as demarcações são prioridades do governo Lula e listou os avanços alcançados nessa área. O evento foi realizado em conjunto com a 20ª edição do Acampamento Terra Livre, que acontece anualmente em Brasília.

“Nós estamos no momento em que povos indígenas, pela primeira vez, estão compondo o Poder Executivo. Esse ministério inédito é conquista dessa luta, é conquista dessas mobilizações dos povos indígenas, que há anos não só marcham para o acampamento, mas que já fazem essas mobilizações nas aldeias, nos territórios, nos estados, pelo nosso território”, afirmou a ministra.

Sonia Guajajara ratificou o compromisso do governo com a demarcação de terras indígenas, destacando as recentes homologações realizadas pelo presidente Lula. Ela enfatizou que o Ministério dos Povos Indígenas está comprometido em defender os direitos dos povos indígenas, garantindo dignidade, segurança e vida para essas comunidades.

Defesa dos Povos Indígenas

A deputada Dilvanda Faro (PT-PA), presidenta da Comissão, declarou que “não é necessário ser indígena para defender os povos indígenas”. Natural do Rio Guamá, no Pará, a parlamentar, que se identifica como ribeirinha, afirmou que “entende, respeita e tem grande apreço pelos povos indígenas”. Ela também colocou seu mandato à disposição da luta dos povos originários.

COP 30

O deputado Airton Faleiro (PT-PA) elogiou os avanços promovidos pelo presidente Lula em prol dos direitos indígenas, porém ressaltou a importância de não permitir “retrocessos na democracia, nos direitos, nas políticas e nos territórios”.

Ele destacou a relevância do Brasil sediar a COP30 e enfatizou que os povos indígenas devem ter um papel de destaque nesse evento, pois “são os mais capacitados para cuidar da vida, da biodiversidade e das florestas”. Segundo Faleiro a maioria da sociedade brasileira defende os direitos e territórios indígenas.

A 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), será realizada em Belém (PA), em novembro de 2025.

A deputada Juliana Cardoso (PT-SP) e Dilvanda Faro foram proponentes do seminário, que também contou com a presença do senador Beto Faro (PT-PA).

Do PT na Câmara

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