Em Brasília, 50 mil pessoas saem às ruas pela democracia

Manifestação em apoio a democracia foi realizada em diversas cidades do País e reuniu mais de 1,35 milhão de pessoas

Foto: Lula Marques/Agência PT

Aos gritos de “Fora, Cunha”, “Não vai ter golpe” e “Fica, Dilma”, quase 50 mil manifestantes encheram as ruas da Esplanada dos Ministérios e tomaram o gramado do Congresso Nacional na noite desta sexta-feira (18). Durante o percurso, motoristas que passavam pelo local buzinavam em apoio ao movimento. A manifestação em apoio a democracia foi realizada em diversas cidades do País e reuniu mais de 1,35 milhão de pessoas.

O pedagogo Max Maciel trabalha com juventude há 15 anos, na cidade de Ceilândia, periferia do Distrito Federal, e fez questão de reforçar que não podemos retroceder nos os avanços conquistados nos 13 anos de governo do Partido dos Trabalhadores.

“Estamos aqui para impedir que não daremos nenhuma passo atrás nas políticas sociais conquistadas e não podemos permitir que um processo legitimamente conquistado acabe porque assim deseja uma uma parcela da mídia e do judiciário. Não podemos deixar que derrubem a democracia”, afirma, ao completar que não vai ter golpe.

O sociólogo Cledson Júnior acredita que a manifestação foi uma forma de confraternizar a democracia. Segundo ele, neste movimento é onde está o “verdadeiro povo brasileiro”.

“Estamos aqui congraçando o que de melhor nós temos e conquistamos com muita luta a partir da redemocratização. Estamos colocando os pingos nos is e o povo brasileiro não vai permitir retrocesso, só avanço”, afirma.

A mestranda da Universidade de Brasília (UnB) Rayane Noronha também saiu às ruas para lutar pela permanência da democracia e para evitar um golpe.

“Estamos em um período crítico da sociedade e que se repetem vários atos e formas históricas do que nós tivemos no golpe de 1964. A mídia age de má fé ao divulgar algumas informações. É um período preocupante. A gente deve lutar pela democracia, deve ocupar os espaços tentando relembrar fatos históricos porque eles são cíclicos”, afirma.

“Enquanto mulher, negra, lésbica, que vem dessa população que foi amparada pelas políticas públicas destes últimos anos preciso estar  a rua para melhorar essas políticas e não retroceder”, explica. Ela também convida as pessoas para ocuparem a rua para lutar não permitir o fim da democracia.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

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