Em POA, candidato tucano é a favor da PEC do Estado Mínimo

Deputado federal que concorre à prefeitura da capital gaúcha pelo PSDB votou pela admissibilidade da PEC 241, que congela gastos em saúde e educação

Foto: Reprodução/Faceook

Expandir o ensino integral, estender o horário de atendimento dos postos de saúde, aumentar a disponibilidade dos leitos hospitalares e a estratégia de Saúde da Família. Essa são algumas das propostas do tucano Nelson Marchezan, que disputa a prefeitura de Porto Alegre. A dúvida é como Marchezan pretende implantar todas essas melhorias, já que ele é a favor de congelar gastos com saúde e educação.

Como deputado federal, Marchezan votou a favor da admissibilidade da PEC 241, proposta pelo governo golpista de Michel Temer (PMDB). A proposta de emenda constitucional quer congelar por 20 anos os gastos públicos e acabar com a obrigatoriedade de investimentos em educação e saúde.

Atualmente, a Constituição prevê porcentagens obrigatórias de gastos em saúde e educação. Para poder implantar essa limitação, os golpistas terão que acabar com essa vinculação, acabando também com o estado de bem estar social que começou a ser implantado no Brasil nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Dilma Rousseff (PT).

Segundo a proposta do governo golpista, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário deverão limitar os gastos de acordo com a variação inflacionária do ano anterior. Ou seja, se for aprovada neste ano pelo Congresso, o gasto de 2017 se limitará às despesas de 2016, corrigidas pela inflação deste ano.

Além de votar pela admissibilidade, Marchezan ainda chamou os manifestantes contrários à medida de vagabundos.

“Eu conquistei meu direito (de me manifestar) nas urnas. As galerias de plenário não são para desocupados. Vagabundo é quem trabalha menos e coloca mais gente aqui”, afirmou o deputado na votação da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara em agosto. Marchezan também é golpista: em abril, ele votou pelo impeachment ilegítimo da presidenta Dilma Rousseff (PT).

Para Raul Pont (PT), a PEC 241 é a prova do golpe. “É a prova do golpe parlamentar que foi dado. É a mudança das políticas econômicas sem eleição”, afirmou o candidato. Raul tem inserido a discussão dessa PEC no debate municipal e quer fazer de Porto Alegre um ponto de resistência à medida.

Ao mesmo tempo que se apresentam com propostas para a população, muitos candidatos apoiam em nível federal o corte de gastos públicos, que terão impacto direto na vida da população.  “A PEC 241 não diminui impostos, apenas congela gastos. O colega Marchezan votou a favor dessa proposta. E isso será um desastre para municípios e estados”, afirma Raul.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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