Gleisi será julgada por defender Lula e a democracia brasileira

Para parlamentares, acusações contra a presidenta Nacional do PT não se sustentam por falta de provas e têm caráter estritamente político

Ricardo Stuckert

Gleisi Hoffmann na Vigília Lula Livre em Curitiba no dia 11 de maio de 2018

As evidências de que a  Lava Jato tem se pautado desde o início pelo partidarismo e pela falta de isenção estão cada vez mais claras.  E, como se não bastasse a operação ter resultado na prisão política de Lula, agora ela também recai sobre uma das lideranças mais ativas na luta pela democracia no país: a presidenta Nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann. Em resposta, diversos parlamentares têm se posicionado em sua defesa, refutando o caráter político das acusações.

Com julgamento marcado para a próxima terça-feira (19) no STF por suposto recebimento de propina, Gleisi tem a seu favor uma série de provas que contrariam as argumentações forjadas contra uma mulher de história construída com “moralidade,  dignidade e honestidade”, como bem define o senador Roberto Requião (MDB-PR).

A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) é incisiva ao dizer que é o próprio legado de Gleisi que a fez ser mais uma das vítimas das arbitrariedades do Judiciário brasileiro. “As denúncias não têm qualquer sustentação técnica nem jurídica. Elas está sendo julgada pelo papel político que exerce no Brasil. Toda solidariedade à nossa presidenta e pelo respeito que ela merece como mulher, cidadã e dirigente de um dos maiores partidos de esquerda do mundo”, defende.

Para a senadora Regina Sousa (PT-PI), o caso de Gleisi tem muitas similaridades com o julgamento de Lula em função da agilidade com a qual entrou em debate:  “O julgamento nem estava em pauta e, a exemplo do que fizeram com Lula, estão se apressando em julgá-la com claras intenções políticas. Mas nós vamos para a briga e defenderemos a nossa presidenta assim como ela tem feito para defender o ex-presidente Lula. Por sinal, ambos são vítima de uma partidarização descarada.”

Quem também faz questão de se manifestar publicamente foi a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). “Gleisi é uma mulher gigante e eu como mulher, companheira de partido e de luta, tenho certeza que este julgamento só existe em razão do trabalho que ela tem feito como uma das principais porta-vozes da esquerda no Brasil. Qualquer resultado que não seja inocentá-la será injusto”, elogia a parlamentar.

O líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), por sua vez, explica por que Gleisi Hoffmann deve ser inocentada pelo STF. “O advogado que conduziu o processo de delação premiada do denunciante, do delator que fez citações ao nome da Senadora Gleisi Hoffmann, recentemente foi acusado de receber mesadas de outros doleiros e de outros acusados para, nas delações que induzia, estabelecer uma seletividade. E a simples denúncia de que ele tenha vendido delações, depoimentos, já seria o suficiente para colocar sob profunda suspeição tudo aquilo que aconteceu ao longo desse processo”. revela Costa.

O senador ainda se coloca em total apoio à companheira de partido para as batalhas que virão. “Eu quero me solidarizar, mais uma vez, com a Senadora Gleisi Hoffmann e dizer que esse julgamento dela vai ser uma grande referência para todos aqueles que injustamente continuam sofrendo os efeitos dos aspectos negativos, que não são poucos, dessa chamada Operação Lava Jato.”

Finalmente, o líder do PT so Senado, Lindbergh Farias (RJ), assim resume a situação:

“Gleisi é mais uma vítima da perseguição seletiva da Lava Jato. É ré em um processo baseado única e exclusivamente na delação sem provas de um indivíduo com ligação umbilical com o PSDB e enfrenta de cabeça erguida o carnaval midiático porque é uma lutadora do povo, honesta, honrada. Esta semana o senador Requião deu um depoimento em sua defesa que representa exatamente o que pensa a bancada do PT: Gleisi é inocente, tem nossa solidariedade e apoio e confiamos na sua absolvição.”

Por Henrique Nunes da Agência PT de Notícias

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