GT de Empoderamento de Mulheres do G20 é instalado

Com a participação da primeira-dama, encontro virtual deu o pontapé nos debates em busca de consensos para a construção de ações com foco na melhoria da vida das mulheres

Isabela Castilho / G20Brasil

Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, concedeu entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 17, em Brasília, após a abertura oficial da primeira reunião técnica virtual do GT de Empoderamento de Mulheres do G20, que tem o Brasil na presidência. O encontro seguirá até amanhã e conta com a participação de 19 países do Grupo e mais sete países convidados. 

Na mensagem de boas-vindas aos representantes dos membros do G20 e demais delegações de países e organismos convidados, Gonçalves destacou que tanto o G20 quanto a pauta das mulheres são prioridades para o governo do presidente Lula.

A ministra explicou que, apesar de ser uma reunião técnica, ela e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, fizeram questão de participar da abertura para mostrar a importância que o GT tem para o governo federal. Ela afirmou ainda que, apesar das diferenças que certamente existem entre os participantes do GT, a busca pelos interesses em comum é maior. 

“Nosso objetivo é construir consensos e entregas coletivas e fazer desses encontros um grande trabalho em equipe. Temos aqui uma grande oportunidade de potencializar, diante do mundo, pautas tão caras na vida das mulheres, construindo diálogos, articulações e ações em conjunto”, declarou a ministra.

“Tendo sempre os olhares atentos aos assuntos prioritários do atual governo brasileiro na presidência do G20: o combate à fome, pobreza e desigualdade; as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental); e a reforma da governança global”, defendeu.

Para Janja, o GT revela ser uma excelente oportunidade “para desenvolvermos soluções para as questões de igualdade, enfrentamento às violências, misoginia e justiça climática a partir de nossas experiências e aprendizados”.

Ainda de acordo com a primeira-dama, “esse é o primeiro ano que o GT de Empoderamento de Mulheres se reúne, nos dando a oportunidade e responsabilidade de estabelecer o tom de como se dará esse debate nos próximos anos. Acredito que a força do Grupo está nas nossas similaridades, mesmo dentro da nossa diversidade.”

Funcionamento do GT

 Aos jornalistas, a ministra explicou como será a atuação do Grupo de Trabalho, os temas que serão abordados, os objetivos do grupo, e qual a contribuição que o governo Lula dará para os debates. 

Segundo a ministra, ao longo do ano, serão realizadas outras reuniões técnicas virtuais, e três presenciais, sendo a primeira em maio, que ocorrerá em Brasília. O objetivo dos encontros é construir consensos e estratégias para sobre igualdade de gênero, enfrentamento à misoginia e às violências, e justiça climática. “Esses são os temas que serão trabalhados por este GT neste ano para que possamos construir resultados efetivos e apresentá-los ao final deste mandato. Estamos buscando consensos que possam unir os países do mundo, principalmente aqueles que compõem o G20”, disse.

Questionada sobre o que o Brasil, enquanto presidente do GT, está levando de propostas e ideias para o grupo, Gonçalves revelou que foi encaminhado a todos os países uma Nota Técnica brasileira, para que os integrantes do GT façam, nos dois dias de trabalho, observações e sugestões do que muda ou não. 

“A partir daí vamos começar, de fato, a fazer um planejamento. Como resultados, queremos que o GT saia fortalecido e por isso vamos buscar muito os consensos. O segundo objetivo é que queremos trabalhar em cada item um resultado”, detalhou Cida.

“Por exemplo, na questão do cuidado queremos fazer um debate e  diálogo sobre como está este tema no mundo, como cada país enfrenta essa questão, quais são as políticas existentes. Queremos fazer um diagnóstico da realidade das mulheres que enfrentam a pobreza nos países, como os países ricos podem ajudar os mais pobres. Esses são resultados concretos que serão apresentados em novembro, em um relatório propositivo para que os presidentes do G20 possam definir e deliberar”, informou.

Marina Marcondes, da Redação do Elas por Elas, com informações do G20 Brasil 

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