Haddad: “Bolsonaro faz jogo de Guedes e corta auxílio emergencial”

Abandono da população ocorre no momento mais grave da pandemia, lembrou Fernando Haddad, em entrevista à TV Gazeta: “A situação atual é que estamos sem leito de UTI, sem vacina e sem auxílio emergencial”

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Haddad: "O governo Bolsonaro está dando errado, muito errado"

O professor e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) criticou o abandono da população brasileira por parte do governo de Jair Bolsonaro no momento mais grave da pandemia de covid-19. “A situação atual é que estamos sem leito de UTI, sem vacina e sem auxílio emergencial”, afirmou em entrevista à TV Gazeta, na noite de quinta-feira (4).

Haddad criticou duramente o fato de, justamente neste momento, o governo trabalhar para que o Congresso Nacional aprove um novo auxílio emergencial de apenas R$ 250, e por quatro meses, beneficiando muito menos pessoas. “(No começo da pandemia), Bolsonaro ofereceu um auxílio de R$ 250 e a oposição conseguiu aprovar um de R$ 600. Agora, Bolsonaro faz o jogo do (ministro da Economia, Paulo) Guedes e corta o auxílio emergencial no momento em que as famílias mais precisam”, frisou.

O professor lembrou que o PT, ao lado de outros partidos da oposição, tem lutado no Senado e na Câmara dos Deputados para aprovar um valor maior para o auxílio e outras medidas que ajudem no combate ao novo coronavírus. “Vejo com muita preocupação os próximos dias, as próximas semanas. Nós vamos fazer um esforço muito grande na oposição de apoiar as medidas necessárias para combater o estado atual, que o Bolsonaro criou, e quero crer que, com o esforço no Congresso Nacional, nós possamos dar alguma perspectiva para quem hoje está desesperado.”

Desemprego

Haddad também ressaltou o fracasso absoluto do governo Bolsonaro, que, com “uma política econômica muito equivocada”, fez com que o preço do botijão de gás chegasse a R$ 100, o salário mínimo não tivesse mais aumento real e o desemprego disparasse.

“O governo Bolsonaro não está dando certo. Está dando errado, muito errado”, analisou. “Hoje, nós temos 30 milhões de trabalhadores que não sabem o que fazer quando acordam. Uns procuram emprego e não acham, outros nem saem de casa para procurar”, mostrou.

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