Lindbergh, Edinho e entidades entregam abaixo-assinado do Plebiscito Popular a Motta

Reunião com presidente da Câmara também discutiu o fim da escala 6X1 e taxação dos super-ricos

Douglas Gomes / CD Presidência

Movimentos sociais entregaram 1,5 milhão de assinaturas pela isenção do IR, redução da jornada 6X1 e taxação dos super-ricos, a Hugo Motta

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), e o presidente nacional do partido, Edinho Silva, acompanharam a entrega do abaixo-assinado com 1,5 milhão de assinaturas do Plebiscito Popular em apoio ao projeto do governo Lula. A proposta isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil e cria a taxação sobre os super-ricos. O abaixo-assinado foi entregue ao presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), na residência oficial, na presença de diversos dirigentes de movimentos sociais e da sociedade civil. Em vídeo gravado no local, Lindbergh defendeu uma ampla mobilização nas redes sociais para garantir a aprovação do projeto, que deve ser votado nesta quarta-feira (1).

“Não se enganem, pessoal. Vai ter muita luta até a aprovação, porque a história dessa elite brasileira é escravocrata e patrimonialista. Eles acham que os trabalhadores e a classe média devem pagar imposto, mas não querem contribuir. Serão 15 milhões de brasileiros que vão ser beneficiados (com a isenção total e redução no pagamento do imposto de Renda até R$ 7.350), enquanto apenas 141 mil contribuintes – 0,06% da população – pagarão mais”, explicou.

Participação Popular

As assinaturas foram coletadas por movimentos sociais, centrais sindicais, partidos de esquerda, juventude, artistas e entidades da sociedade civil. Em nome do PT, Edinho Silva agradeceu a disponibilidade de Hugo Motta em receber os organizadores do plebiscito e ressaltou a importância da mobilização.

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“A minha fala é de agradecimento por abrir sua agenda para receber os representantes dos movimentos sociais que puxaram um abaixo-assinado, em que a sociedade pôde se manifestar em relação ao projeto do governo do Presidente Lula de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e redução da carga tributária para quem ganha até R$ 7.350. Portanto, um espaço construído pelos movimentos sociais para que a sociedade pudesse se manifestar”, afirmou.

Representando os movimentos sociais, o dirigente do MST, João Paulo Rodrigues, lembrou que o Plebiscito Popular já é uma tradição do campo progressista no Brasil para ouvir a população sobre os temas de interesse nacional.

“Fizemos um grande debate com as nossas bases e militância para aprofundar a discussão sobre a reforma trabalhista como um todo, em especial contra essa pauta 6 X 1, e fazer um debate mais aprofundado sobre a taxação das grandes fortunas combinada à isenção do IR. Esse processo faz parte da tradição da esquerda brasileira, que historicamente promove plebiscitos como forma de participação popular”, ressaltou.

Demagogia bolsonarista

O líder do PT também alertou para o risco de manobras da oposição bolsonarista durante a votação. Segundo Lindbergh, sob o argumento de rejeitar novos impostos, a extrema-direita deve tentar impedir a taxação das altas rendas e propor uma elevação da faixa de isenção sem indicar a fonte de compensação para a perda de arrecadação.

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“Eles virão com demagogia para destruir o projeto: “Queremos isenção até R$ 10 mil”. Eu olho para essa turma bolsonarista e digo: “Qual é a moral de vocês?”. Sabe qual era a isenção do IR do Bolsonaro? R$ 1.903. Eles não reajustaram a tabela do IR nem pela inflação. Já o Presidente Lula já reajustou a tabela para dois salários mínimos (R$ 3.036), beneficiando 10 milhões de pessoas. Agora, com a isenção até R$ 5 mil e redução até R$ 7.350, serão mais 15 milhões beneficiados”, pontou.

Encontro com Lula

Os organizadores do Plebiscito também foram recebidos pelo presidente Lula no Palácio do Planalto.

Do PT Câmara

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