Mapa da Exclusão: saiba quantas pessoas Bolsonaro abandonou em sua cidade

Com o fim do Bolsa Família e do auxílio emergencial, milhões de famílias deixaram de receber ajuda contra fome. Veja aqui quantas pessoas foram excluídas em cada município e denuncie

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Bolsonaro abandona milhões de brasileiros quando eles mais precisam

Ao acabar, ao mesmo tempo, tanto com o Bolsa Família quanto com o auxílio emergencial, o governo de Jair Bolsonaro acabou por executar a maior exclusão social da história do Brasil. Isso porque, até outubro, 43,9 milhões de benefícios eram pagos por meio dos dois programas. Agora, em novembro, entrou no lugar o Auxílio Brasil, que só contempla 14,5 milhões. Ou seja, de uma hora para outra, 29,4 milhões de famílias ficaram desamparadas, conforme denunciou o Partido dos Trabalhadores na quarta-feira (17).

A denúncia do PT se baseia em dados do próprio governo federal, disponíveis no painel de monitoramento VIS Data, do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Ali, a assessoria técnica do partido na Câmara dos Deputados conseguiu descobrir o número de beneficiário que recebiam o auxílio emergencial e o total de beneficiários do Auxílio Brasil em cada cidade brasileira. Para acessar esse levantamento por cidade, basta clicar nos nomes dos estados abaixo e verificar as planilhas.

Embora as tabelas ainda não incluam as famílias atendidas pelo Bolsa Família durante o período que vigorou o auxílio emergencial (ou seja, a exclusão em cada cidade pode ser ainda maior), trata-se de um importante instrumento de denúncia do abandono que o governo de Jair Bolsonaro promove neste momento em que a fome, a alta inflação e o desemprego em níveis elevadíssimos continuam a castigar a população. Baixe a tabela do seu estado, compartilhe e divulgue os dados. A história de que o Auxílio Brasil é uma “Bolsa Família melhorada” é mais uma fake news de Bolsonaro. O Auxílio Brasil é um verdadeiro Mapa da Exclusão.

Mapa da Exclusão por município

Clique no nome dos estados para acessar os dados referentes a cada cidade:

Acre (AC)
Alagoas (AL)
Amapá (AP
Amazonas (AM)
Bahia (BA)
Ceará (CE)
Distrito Federal (DF)
Espírito Santo (ES)
Goiás (GO)
Maranhão (MA)
Mato Grosso (MT)
Mato Grosso do Sul (MS)
Minas Gerais (MG)
Pará (PA)
Paraíba (PB)
Paraná (PR)
Pernambuco (PE)
Piauí (PI)
Rio de Janeiro (RJ)
Rio Grande do Norte (RN)
Rio Grande do Sul (RS)
Rondônia (RO)
Roraima (RR)
Santa Catarina (SC)
São Paulo (SP)
Sergipe (SE)
Tocantins (TO)

O ataque de Bolsonaro aos pobres

Bolsonaro criou o Auxílio Brasil com objetivos claramente eleitorais, para ter o que mostrar na campanha do ano que vem. Tanto que os recursos para pagar os R$ 400 por mês que prometeu só vão durar até o fim de 2022. Isso se esse dinheiro sair, pois o governo disse que ele depende da aprovação da PEC dos Precatórios. Como a PEC ainda não foi aprovada no Congresso, o governo está pagando, agora em novembro, apenas R$ 200 aos 14,5 milhões que não foram excluídos.

Para piorar, o Auxílio Brasil não é o Bolsa Família com um novo nome. Não. O programa de Bolsonaro é totalmente diferente e acaba com todos os pilares que fizeram do Bolsa Família o melhor programa de transferência de renda do mundo (leia mais sobre isso aqui). Portanto, o que o atual governo está fazendo é acabar com o Bolsa Família, que funcionou muito bem durante 18 anos, para colocar no lugar um programa feito de improviso e que só tem garantia de todos os recursos até as eleições de 2022.

Ou seja, em 2023, o povo não terá mais auxílio emergencial nem Bolsa Família nem a rede de proteção social criada pelo programa. E a parcela da população que estiver no Auxílio Brasil não saberá se continuará recebendo ajuda. É um verdadeiro ataque à parcela mais pobre da população.

Da Redação

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