Não há corte que nos faça retroceder nas políticas públicas, diz Humberto

Líder do PT no Senado comentou, na tribuna da Casa, a distribuição de dois novos medicamentos para a hepatite C, o sofosbuvir e o daclatasvir, pelo SUS

Foto: Waldemir Barreto /Agência Senado

O Ministério da Saúde iniciou, nesta semana, a distribuição de dois novos medicamentos para a hepatite C, o sofosbuvir e o daclatasvir, que estarão disponíveis gratuitamente em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do mês que vem. Se um paciente resolvesse custear sozinho apenas o tratamento com o sofosbuvir, por exemplo, desembolsaria cerca de R$ 330 mil. Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), essa é demonstração inquestionável do compromisso do governo federal com a saúde dos brasileiros.

“Não há ajuste fiscal, não há corte no Orçamento que nos faça retroceder nas políticas públicas que instituímos em favor da população brasileira porque é com ela, por ela e para ela que governamos”, afirmou o líder, nesta quinta-feira (22), em discurso da tribuna do Senado.

O Brasil é um dos primeiros países do mundo a disponibilizar esse tratamento na rede pública de saúde, que deve beneficiar anualmente cerca de 30 mil pacientes com a doença. Ao todo, a previsão é que o SUS invista R$ 1 bilhão na distribuição gratuita dos remédios.

O uso dos três medicamentos por via oral pode curar eficazmente a hepatite C em 90% dos pacientes e evitar efeitos colaterais como cansaço e dores articulares. Além disso, pode dispensar o uso de injeções de interferon, beneficiando principalmente aqueles que não toleram essa medicação e reduzindo de um ano para três meses o tempo necessário de tratamento.

“E quando falamos aqui em distribuição de medicamentos, não pensem que são apenas os mais pobres que se beneficiam do programa. Não. O SUS é um patrimônio de todos os brasileiros, a que as pessoas de classe média e de classe alta também têm acesso para buscar uma vida com mais qualidade. Ele existe para atender a todos e é por isso que, em vez de ataca-lo, nós devemos preservá-lo e trabalhar para melhorá-lo”, lembrou o senador.

Humberto ainda parabenizou o trabalho do ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, nas negociações para a aquisição dos medicamentos. Apenas uma pílula contra a hepatite C custa R$ 4 mil, mas o governo conseguiu adquirir o produto com um valor 90% menor, de R$ 400. “Tenho certeza e convicção de que o Ministro Marcelo Castro [atual titular da Pasta da Saúde] dará continuidade a todos esses programas em que o Brasil se tornou pioneiro e se tornou uma vanguarda em termos de saúde pública internacional”, disse o líder do PT.

Do PT no Senado

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