Para Temporão, avanços na saúde estão em risco com golpista Temer

O ex-ministro da Saúde de Lula afirmou que medidas de Temer ameaçam conquistas como redução da mortalidade infantil e programas como Farmácia Popular e SAMU

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A proposta do governo golpista de Michel Temer de extinguir o percentual de gasto obrigatório com saúde por parte do Estado foi avaliada pelo ex-ministro da Saúde do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, José Gomes Temporão, como “um total contrassenso” e um rebaixamento da saúde na agenda pública.

As declarações sobre a proposta, que está no programa Uma Ponte para o Futuro, do PMDB, foram dadas em entrevista à “Carta Capital”, publicada na segunda-feira (23).

Para Temporão, as medidas de Temer na Saúde colocaria “imediatamente em risco as várias conquistas das últimas décadas em termos de cobertura de acesso, redução da mortalidade infantil, redução da mortalidade por doenças crônicas, implantação de programas como o Farmácia Popular, o SAMU, o programa de AIDS, de transplantes, principalmente onde já se tem o colapso das redes estaduais, como no Rio de Janeiro”.

O ex-ministro da Saúde considera um erro reduzir o tamanho do Sistema Único de Saúde (SUS) e direcionar as pessoas para os planos de saúde, como declarou recentemente o ministro golpista da pasta, Ricardo Barros.

“Em um País desigual como é o Brasil, com 80% da população dependendo exclusivamente do SUS, é totalmente irreal imaginar cortes ou que uma medicina privada possa competir, complementar ou substituir o sistema público”, completou o médico sanitarista.

Segundo ele, o SUS é um patrimônio da sociedade brasileira, “não é um projeto deste ou daquele governo ou partido”, construído ao longo de décadas, “com uma política de caráter universal, em defesa da equidade, que está expressa como direito de todos e dever do Estado”.

Temporão lembrou ainda que o ministro interino da Saúde não é o único membro do governo golpista de Temer citado em escândalos ou investigados por corrupção.

“Esse governo deixa uma marca de interrogação na sociedade, afinal foi afastada uma presidenta de conduta ilibada, que não sofre nenhum processo de investigação, eleita pela maioria dos brasileiros, para se empossar um governo que já tem um número significante de ministros cuja conduta está sendo questionada. É certamente uma questão que fragiliza o governo”, finalizou.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Carta Capital

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